“Não vamos precisar do dinheiro dos Estados Unidos no curto prazo”, diz Banco Central do Brasil

“O arsenal que o Banco Central tem hoje é muito grande para combater qualquer tipo de crise”. A fala é do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, durante coletiva nesta segunda-feira (23).

Mostrando tranquilidade, Campos Neto falou da importância da liquidez dos bancos que atuam no Brasil, mediante os efeitos negativos do coronavírus no mercado financeiro.

“Não temos problemas nos balanços dos bancos. Eles estão com liquidez, com capital e com bastante sobra de condições para emprestar”, disse.

Brasil não deve usar crédito dos EUA

Sobre a linha de crédito de US$ 60 bilhões disponibilizada para o Brasil pelo banco central dos Estados Unidos (Fed) na semana passada, Campos Neto espera que não haja a necessidade de usá-la. No entanto, disse, “é um seguro importante num momento de crise”.

“Nós entendemos que não há necessidade de fazer isso no curto prazo”, ressaltou.

Banco Central e a crise de 2008

O presidente também comparou a crise causada pelo coronavírus com a global de 2008. Segundo ele, a atual é bem diferente.

Conforme detalhou, na crise de 2008 o medo de falência afetava os bancos. Hoje no Brasil, disse, os bancos estão com dinheiro de sobra, diferentemente daquela época.

“A gente está vendo uma crise agora que é totalmente diferente, não é uma crise de alavancagem financeira. É muito diferente do que aconteceu em 2008 que basicamente a incerteza era se o banco ia quebrar ou não”, ressaltou.

Segundo ele, a crise agora é muito mais no setor real, causada pelo distanciamento social e quebra na cadeia produtiva.

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Bancos anunciam medidas contra crise

Diante da crise, o Banco Central vai conceder empréstimos a instituições financeiras para prover liquidez ao mercado secundário de dívida corporativa.

O Banco do Brasil e o Santander também já anunciaram linhas de crédito para pessoas físicas e jurídicas.

O BB ampliou em R$ 100 bilhões em suas linhas de crédito, em uma medida que deve beneficiar 13 milhões de clientes.

Para as empresas, o banco estatal reforçará em R$ 48 bilhões os recursos disponíveis para linhas de capital de giro, de investimento e de antecipação de recebíveis.

O Santander anunciou aumento de 10% dos limites dos cartões de crédito que estiverem com pagamentos em dia. A instituição também decidiu antecipar já para abril o pagamento total do 13º salário dos seus 47 mil funcionários.

Caixa Econômica Federal anunciou pausa de 60 dias na cobrança de contratos de crédito vigentes para pessoas físicas e empresas. A medida vale também para contratos de financiamento imobiliário.

O Itaú Unibanco e o Bradesco, anunciaram até o momento apenas a prorrogação de dívidas — de até 60 dias para operações em dia.

Dos bancos digitais, o C6 foi o principal a anunciar medidas concretas; Nubank — que se silencia nas redes sociais — e Neon apenas falaram sobre prevenção ao Coronavírus.


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