MPAM pede prisão de possíveis líderes de pirâmide envolvendo Bitcoin
O MPAM (Ministério Público do Amazonas), pediu a prisão preventiva de dois homens líderes um possível esquema de pirâmide financeira envolvendo Bitcoin e moedas virtuais. De fato, os dois homens já tinham sido presos pela Polícia Civil do estado.
A dupla já havia sido presa no fim de 2019, segundo informações do Livecoins. O segundo a ser preso foi André Luiz Athayde Gomes, que estava foragido da Polícia Civil. No começo de dezembro uma operação já havia prendido Rafael Martins Suarez Salazar, venezuelano que também era líder do suposto esquema.
Ambos eram líderes na empresa Sucesso Trading Consultoria em Tecnologia da Informação. Por meio dessa, realizavam eventos para captar clientes, utilizando também amigos e conhecidos para ajudar na captação.
A suposta operação fraudulenta operava da capital do estado, em Manaus. As prisões feitas pela Polícia Civil no fim de dezembro cumpriram mandados de busca e apreensão, que pegaram carros de luxo em posse dos investigados, entre outros itens.
Prisão preventiva de líder de suposta pirâmide envolvendo Bitcoin é solicitada pelo MPAM
De acordo com o MPAM, o pedido de prisão preventiva é devido o esquema de pirâmide consistir em locação de Bitcoin, uma moeda virtual. Com isso, eram prometidos rendimentos semanais de 5% aos clientes.
Os dois tem sido acusados de cometer o crime de estelionato, que teria desviado cerca de R$ 5 milhões. Além disso, há acusações de crime contra as relações de consumo, que teriam sido cometidos contra dezenas de pessoas.
O promotor responsável pelas acusações dentro do MPAM é Weslei Machado. Para ele, o golpe era premeditado, uma vez que os líderes sabiam dos riscos que estavam causando para as vítimas.
Na verdade, essa oferta de ganho irreal de rendimentos, aliado à promessa de devolução integral do valor investido, demonstra que os denunciados tinham ciência ou assumiram o risco de produzir o dano patrimonial decorrente do uso do ardil para subtrair para si os valores e bens das vítimas
Com isso, o promotor solicitou à Justiça que os suspeitos permaneçam presos, de forma preventiva, até o julgamento do caso. Em outro ponto, solicitou que seja fixado o valor mínimo de R$ 649.235,72 para reparação de danos as vítimas. Por fim, pediu que os veículos apreendidos fiquem em cautela, conforme requerido pelo Delegado da Polícia Civil que conduziu as operações.
Golpe envolvia criptomoedas, aponta MPAM
De acordo com as investigações do MPAM, a possível pirâmide envolvia um sofisticado processo de recrutamento de clientes. As vítimas eram abordadas em eventos sociais, comemorações, almoços e até redes sociais.
Nas abordagens, a Sucesso Trading seria uma empresa que locava criptomoedas como, por exemplo, o Bitcoin, e ganhavam muito dinheiro. A gestão da referida empresa era conduzida pelos investigados pelo MPAM.
Além disso, os homens utilizam um sistema de marketing multinível para recrutar novas pessoas para o suposto esquema. Com isso, através de networking entre amigos e conhecidos, todos incentivados a convidar novas pessoas para a possível pirâmide de Bitcoin.
O promotor Weslei Machado lembrou que os investimentos em criptomoedas são de alto risco, sendo que as pessoas devem estar cientes disso. Apesar de inúmeros golpes utilizarem o nome da moeda, o Bitcoin não é uma pirâmide financeira, e sim um meio de pagamento que não possui rendimentos garantidos associados a tecnologia.
Finalmente, mais um caso envolvendo o Bitcoin dentro de uma pirâmide caminha para ser encerrado no Brasil, que tem visto cada vez mais pessoas tentando se aproveitar da fama da moeda digital. Outros famosos casos que tiveram a prisão dos líderes presos foram a Unick Forex e Indeal.
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