Mozilla vai banir mineração de criptomoedas no Firefox; Opera, Google e Apple foram os primeiros
O Firefox, navegador de internet da Mozilla Foundation, anunciou que vai proibir a atividade de mineração de criptomoedas em suas versões futuras. Segundo nota da empresa em 30 de agosto, a intenção é “conter práticas nocivas”.
O banimento deve acontecer porque a organização considera que as “práticas de mineração tornam a web um lugar mais hostil”.
A empresa ainda advertiu que a mineração de criptomoedas faz parte de um conjunto de práticas enganosas que invisivelmente coletam informações de usuários.
“Outros sites implantaram scripts de criptomoedas que silenciosamente são executados no dispositivo do usuário”, diz um trecho da nota.
A Mozilla, que é uma organização sem fins lucrativos, reforçou o porquê da proibição:
“Isso é mais do que proteger os usuários – é dar a eles uma voz. Alguns sites continuarão a querer dados do usuário em troca de conteúdo, mas agora eles terão que pedir por isso”.
O texto também tinha um autoelogio, onde a empresa cita sua ação pioneira em bloquear anúncios pop-up em meados de 2014.
Google, Apple e Opera proibiram
Há cerca de dois meses o Google fazia uma alteração nos termos da central de políticas do desenvolvedor e proibia aplicativos de mineração de criptomoedas no Google Play.
A proibição aconteceu num período em que Google e Apple promoviam ações em desfavor à atividade de mineração e também a anúncios de ofertas de startups oriundas do mercado criptoeconômico.
Em junho a Apple já havia feito uma atualização nas diretrizes de uso dos aplicativos iOS e Mac na Apple Store e também já tinha proibido a atividade de mineração de criptomoedas em iPhones e iPads.
Na ocasião, a empresa também informou que outras funções, como gerenciar e comercializar criptoativos ainda serão permitidas, mas que as carteiras de criptomoedas devem ter boas procedências.
No início do ano, o Opera, que já havia introduzido a proteção contra mineração em suas versões para desktop, também a estendeu para o navegador de smartphones.
Na ocasião, a empresa, homônima do navegador, calculou que mais de um bilhão de dispositivos em todo o mundo estariam mais lentos devido aos programas de mineração.
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