Exclusivo: CEO da MOSS revela negociação para listar MCO2 nas maiores exchanges e prevê parcerias no futebol europeu

O CEO da MOSS, Luis Adaime, falou ao Cointelegraph Brasil e revelou negociação para listar o MCO2 nas maiores exchanges do mundo, além de negociações com clubes europeus para compensação de carbono.

O CEO da empresa blockchain brasileira MOSS, Luis Adaime, deu uma entrevista exclusiva ao canal oficial do Cointelegraph Brasil no YouTube sobre os planos da empresa e sobre o patrocínio oficial da empresa com o Clube de Regatas Flamengo, anunciada neste mês.

A MOSS é responsável pelo token lastreado em créditos de carbono MCO2, listado na exchange brasileira Mercado Bitcoin e produto principal da parceria da empresa com empresas relevantes do varejo, como Nescafé, Ifood e o C6 Bank.

A empresa anunciou que negociava o patrocínio oficial para o uniforme do Flamengo, campeão brasileiro de 2020, no começo de abril, e teve o patrocínio aprovado pelo conselho do clube há duas semanas, pagando R$ 3,5 milhões à vista para estampar os meiões dos jogadores. Ele descarta parcerias com clubes no Brasil mas já negocia com o futebol europeu:

“Estamos em conversas com clubes europeus para a compensação de carbono dos clubes. Não diria que será um patrocínio, mas uma ação conjunta, como no caso do Flamengo, para compensar o consumo de carbono destes clubes. Temos também conversas muito legais com grandes empresas globais de fast food para compensar a emissão de carbono no mundo”

Adaime confirmou que a estimativa é de que o MCO2 – e os créditos de carbono – possa valorizar mais de 500% nos próximos anos, passando dos US$ 100. Já disponível para negociação na Mercado Bitcoin e na exchange global ProBit, a MOSS já negocia com as maiores exchanges do mundo para listar o MCO2 em breve:

“A gente listou recentemente na ProBit, que é uma bolsa coreana que está no Top 20, e agora estamos falando com as maiores. Estamos em conversas bem avançadas com essas exchanges e nossa meta é estar nas seis maiores nos próximos meses.”

Na entrevista, Luis Adaime conta que a MOSS nasceu a partir de sua tomada de consciência sobre o aquecimento global e o prognóstico nada otimista de cientistas para a humanidade nas próximas décadas se as sociedades continuarem poluindo e baseando seu consumo na exploração desenfreada.

“Estudando, eu descobri que a minha filha, que hoje tem dois anos, daqui a 50 anos terá que viver em um planeta inóspito, com a humanidade tendo de migrar para os polos por conta do aquecimento global, com uma população mundial de 10 bilhões e a metade de capacidade de produção de alimentos. Isso mudou a minha visão sobre o meu papel no mundo e a MOSS é resultado disso”

Com a perspectiva nada favorável ao desenvolvimento da humanidade para as próximas décadas, Adaime estudou o mercado de créditos de carbono, acreditando que este poderia ser um dos caminhos possíveis para estimular as novas gerações a tomarem consciência da importância de práticas mais sustentáveis. Hoje, o MCO2 é o principal produto da empresa e já destinou R$ 70 milhões para projetos de proteção ambiental.

As práticas do governo Bolsonaro, que tem os piores índices ambientais desde a década de 1990 e cujo Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pode ser alvo de investigação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), não preocupam o empresário:

“Eu não quero nada com nenhum governo. O crédito de carbono não tem absolutamente nada a ver com governo. O mercado voluntário, que é onde a gente atua, é autorregulado, formado por entes privados. O setor de crédito de carbono não depende de política. Dito isso, os governos podem ajudar, mas atrapalhar eles não podem. Eu nunca falei com ninguém do ministério do Meio Ambiente nem de Minas e Energia. O crédito de carbono é um certificado digital que está registrado na Califórnia (EUA). Se o Bolsonaro ou este governo quiserem proibir crédito de carbono, a gente vai dar risada. É igual a proibir o Bitcoin. Não adianta nada.”

Assista à entrevista na íntegra:

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