Moody’s mantém rating, mas governo comemora perspectiva de crédito do Brasil
A agência de avaliação de riscos Moody’s deu um voto de confiança ao Brasil nesta quarta-feira (1). A empresa americana ajustou a perspectiva de crédito para o país.
Isso significa que, apesar de manter a avaliação em Ba2, indicativo de um risco mais alto para investidores estrangeiros, a agência alterou a perspectiva de “estável” para “positiva”.
“A mudança de perspectiva para positiva tem como base a avaliação da Moody’s de que um crescimento mais forte combinado com um progresso contínuo, embora gradual, em direção à consolidação fiscal, pode permitir que o peso da dívida do Brasil se estabilize. No entanto, há riscos para a continuidade da execução da consolidação fiscal pelo governo”, disse a Moody’s, em nota.
Governo comemora e diz que há muito a fazer
E o governo comemorou. No X (antigo Twitter), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que ainda tem muito a fazer e “Isso em a ver com o trabalho conjunto dos três poderes, que colocaram os interesses do país acima de divergências superáveis”.
Moody’s pode elevar nota do Brasil
Outro sinal positivo foi a sinalização de uma possível elevação da nota brasileira no futuro. Sobre a perspectivas de juros, a Moody´s espera acima de tudo que:
“O crescimento real do PIB seja de cerca de 2%, em média, em 2024-2025 e no médio prazo. Bem acima da taxa anual média de -0,5% em 2015-2019, antes da pandemia. O crescimento mais robusto do PIB nos últimos anos e no curto e médio prazo é parcialmente resultado de reformas estruturais implementadas por sucessivos governos.” , detalhou o comunicado.
O agronegócio – que responde por mais de 25% do PIB do país, também foi citado como um dos grandes impulsionadores da economia nacional.
Conforme o Tesouro Nacional, o Ministério da Fazenda certamente combinará esforços para melhorar a arrecadação e conter a dinâmica das despesas.
“O melhor balanço fiscal do governo levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito. Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do país”, completou a pasta.
Brasil mantém posição inalterada há oito anos
Desde 2016, a Moody’s mantém o rating do Brasil inalterado.
Naquela época, a agência de classificação retirou o selo de bom pagador do país ao rebaixar a nota de crédito de “Baa3” para “Ba2”. Em suma, isso colocou o Brasil no grupo de nações com “grau especulativo”.
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