Na mira de Paulo Guedes, Serpro usará tecnologia blockchain
Um dos setores fundamentais da economia é o balanço das exportações e importações realizadas. Responsável pelas informações no Brasil, a Serpro irá utilizar a tecnologia blockchain após pressão do Ministro Paulo Guedes.
De fato, saber as informações corretas é fundamental para o gerenciamento de uma economia como a brasileira. Neste sentido, a Serpro tem sido acusada de negligenciar informações vitais para o bom andamento da gestão.
Com a ineficiência da Serpro, até a privatização já chegou a ser cogitada por Paulo Guedes. O governo brasileiro foi acusado de prover informações contábeis alteradas, ao que alguns críticos chamaram de “contabilidade criativa”.
Serpro anunciou ferramenta com tecnologia blockchain para uso na aduana brasileira
A aduana brasileira controla a entrada e saída de mercadorias, fazendo acompanhamento desses dados todos os dias. Ter a métrica correta é fundamental para uma boa gestão da economia.
De acordo com um Comunicado Institucional da Serpro, uma nova ferramenta virá ao suporte do controle aduaneiro. A ideia é testar a nova ferramenta por hora apenas para importações e exportações no Mercosul, já para início no primeiro trimestre de 2020.
Nomeada bConnect (não é BitConnect), a solução será integrada primeiramente entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Para Paulo Ramos, representante do Serpro, “a rede bConnect começará permitindo o compartilhamento de informações de Operadores Econômicos Autorizados (OEA), porém já há previsão de incremento da rede para atender o compartilhamento de informações de Declarações Aduaneiras“.
Um dos autores do projeto bConnect foi Sérgio Alencar, que é auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil. A blockchain será utilizada em três vertentes, Segurança, Garantias e Baixo Custo, que serão fundamentais para o sucesso do projeto. Há ainda uma clara intenção de que, se o projeto funcionar, seja utilizado em outros acordos comerciais.
Nossa tentativa com o bConnect é ver se blockchain nos garante três coisas: em primeiro lugar, segurança. A segurança de que a informação com que estamos lidando não pode ser alterada indevidamente. Em segundo lugar, precisamos garantir o reconhecimento da identidade de quem está alimentando ou alterando o sistema. Ou seja, a ferramenta precisa assegurar que quem está colocando a informação é realmente o representante legal do Brasil, do Paraguai, do Uruguai, da Argentina. Em terceiro lugar temos a questão do custo: é baixo? Requer pouco investimento para criar e desenvolver? Então, se tivermos confirmação desses três pontos (é seguro; existe uma certificação da identidade do gestor da informação, e o custo desse projeto é baixo), então poderemos oferecer essa ferramenta para troca de informações, não só para o Mercosul, como para qualquer outro acordo comercial.
Após erros, Ministro Paulo Guedes quer vender Serpro e Dataprev
No último dia 9, de acordo com o Correio Braziliense, o Ministro Paulo Guedes teria se reunido com sua equipe na Serpro. Um dos pontos seria a discussão da venda da Serpro, com o estopim dos dados errados fornecidos ao ministro. A Dataprev é outra instituição do governo federal que estaria na mira de privatizações.
A Serpro teria fornecido dados ao Ministro que mostravam a balança comercial com saldo positivo. Isso porque os dados demostravam um bom número para as exportações brasileiras.
Contudo, após uma auditoria nas informações o governo teve que divulgar uma errata para o mercado sobre os dados incorretos. No momento em que a divulgação se fez necessária, o Dólar estava no auge da valorização, ou seja, houve mais impacto com a divulgação.
Após os problemas, a ideia é que a Serpro tenha sua privatização acelerada por Paulo Guedes, mesmo com a nova tecnologia blockchain entrando em funcionamento.
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