Ministro da Justiça recebe relatório da CPI das Pirâmides Financeiras e destaca que Polícia Federal vai abrir inquéritos

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, recebeu o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras

Nesta terça-feira (17), o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, recebeu o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras. O relatório entregue ao Ministério da Justiça contém detalhes sobre as práticas ilícitas supostamente usadas por diversas organizações no Brasil.

Durante a entrega do relatório, o Ministro destacou a importância de tomar medidas para combater esses ilícitos apontados pelos parlamentares. Ele mencionou crimes como estelionato, crimes contra o sistema financeiro nacional, associação criminosa e lavagem de dinheiro, que foram identificados no rol de atividades ilícitas.

Além disso, ele ressaltou que a movimentação significativa de valores por esses esquemas pode estar ligada a outros tipos de crimes, como corrupção e lavagem de dinheiro do narcotráfico. O Ministro elogiou o trabalho da CPI na investigação dessas atividades criminosas.

“Nós vimos aqui um rol bastante adequado e extenso de crimes, um deles estelionato, crimes contra o sistema financeiro nacional, associação criminosa, lavagem de dinheiro. Portanto, um rol explícito, um rol já visível que justifica, sem dúvida, análise pela Polícia Federal, e também de outros crimes que possam estar por serem perquiridos, uma vez que esses ativos digitais, essas criptomoedas, têm articulação com fatos econômicos que se dão no mundo material”, afirmou Flávio Dino.

Flávio Dino anunciou que seguirá as recomendações feitas no relatório, encaminhando as informações para a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), para que sejam tomadas as medidas necessárias.

Ele destacou a importância dessas recomendações na luta contra atividades criminosas.

O Deputado Aureo Ribeiro, que presidiu a CPI, enfatizou que milhares de brasileiros de diferentes classes sociais foram prejudicados pelos esquemas investigados pela Comissão. Ele revelou que a CPI trabalhou para apurar crimes que totalizam cerca de R$ 100 bilhões retirados da população brasileira, afetando aproximadamente quatro milhões de brasileiros por meio dos esquemas de pirâmide.

CPI das Pirâmides Financeiras

“Nossa CPI trabalhou para apurar crimes na ordem de R$ 100 bilhões retirados da população brasileira. São cerca de quatro milhões de brasileiros lesados pelo esquema de pirâmide no nosso país”, disse Ribeiro.

O relator da CPI, Deputado Ricardo Silva, expressou sua convicção de que a Polícia Federal terá muitos desdobramentos com as investigações feitas pela comissão. Ele descreveu o caso da empresa 123 Milhas como “uma das maiores fraudes que aconteceram no Brasil”, envolvendo um esquema de pirâmide financeira relacionado a ativos digitais.

Segundo Silva, estima-se que 700 mil pessoas foram prejudicadas pela plataforma, mas esse número pode chegar a um milhão. Além dos membros da CPI, o secretário Nacional de Assuntos Legislativos do MJSP, Elias Vaz, também participou da reunião.

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