Startup de mineração criada por brasileiros utiliza fontes energéticas alternativas para minimizar impacto ambiental

Utilizando gases subvalorizados da indústria do petróleo, a Arthur Mining cresceu 250% em 2021 e projeta receitas da ordem de US$ 130 milhões este ano combinando eficiência operacional e sustentabilidade na atividade de mineração de criptomoedas.

Fundada nos EUA pelos sócios brasileiros Ray Nasser e Rudá Pellini, a Arthur Mining é uma das empresas pioneiras no que vem sendo chamado de green mining (mineração verde) – a combinação de eficiência operacional e minimização dos impactos ambientais na atividade de mineração de criptoativos. 

Utilizando gases normalmente desperdiçados e subvalorizados das indústrias de petróleo e gás, como por exemplo o metano, que é cerca de 25 vezes mais poluente que o gás carbônico, a Arthur Mining cresceu 250% ao longo de 2021 e projeta uma receita operacional de US$ 130 milhões para 2022 e de US$ 700 milhões para 2023, valor que tornaria possível a abertura do capital da empresa na bolsa dos EUA dentro de pouco tempo.

Com tecnologia desenvolvida no Brasil e operação concentrada nos EUA, a empresa desenvolveu um complexo de conteineres equipados com computadores utilizados para mineração de Bitcoin (BTC) e outros criptoativos para capturar os resíduos desperdiçados no processamento do óleo cru para transformá-lo em fonte de energia para a mineração diretamente em campos petrolíferos.

Dessa forma, a empresa presta um duplo serviço ao meio ambiente, evitando que os gases sejam lançados na atmosfera, contribuindo, assim, para a mitigação do impacto ambiental das indústrias de óleo e gás e de criptomoedas.

Em um próximo passo rumo aos mais altos padrões ESG, a companhia quer contribuir com um projeto para a implantação de usinas solares e eólicas que possam utilizar o excedente não utilizado no processo de mineração para redirecionar esta energia para uso doméstico das populações locais.

“É um negócio com grande capacidade de geração de caixa e altas margens, alinhado com as melhores práticas ESG e gerando impacto socioambiental positivo tem tudo para ser um ‘unicórnio’ diferente”, afirmou o CEO da Arthur Mining à Forbes, confirmando que um IPO (Oferta pública de ações) está nos planos da empresa em um futuro próximo.

A atividade de mineração de Bitcoin foi alvo preferencial de ativistas ambientais ao longo de 2021 devido ao crescimento do mercado de criptomoedas e, consequentemente, da energia despendida pela indústria.

No entanto, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, o influenciador e maximalista do BTC Anthony “Pomp” Pompliano disse que os adeptos do Bitcoin não deveriam se sentir culpados pelo gasto energético envolvido na manutenção da rede da maior criptomoeda do mercado, pois “coisas fundamentais ao mundo dependem de energia” para funcionar, sugerindo que o Bitcoin seria apenas mais uma delas.

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