Mineradores de Bitcoin (BTC) se aproveitam do aumento do preço do carvão
O carvão está retornando à medida em que a crise energética global começa a esquentar e os mineradores de Bitcoin (BTC) estão lucrando com o seu uso.
Uma das consequências da invasão russa na Ucrânia em fevereiro foi o ressurgimento do uso do carvão como fonte de energia.
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Em 2021, a dependência mundial do carvão estava em alta e a Agência Internacional de Energia (AIE) prevê um aumento de 2% para 2022. Apesar dos preços do carvão estarem em níveis máximos, ele ainda é significativamente mais barato do que as outras fontes de energia, como petróleo bruto e o gás natural, que são mais do que o dobro dos preços do carvão.
“Quando você está tentando equilibrar a descarbonização e a segurança energética, todos sabem qual deles ganha: manter as luzes acesas. Isso é o que mantém as pessoas no poder, e impede as pessoas de se rebelarem nas ruas”, disse Steve Hulton, executivo da Rystad Energy à Bloomberg.
Os mineradores de Bitcoin também recorreram ao carvão para aumentar as suas necessidades energéticas nos últimos meses. Há relatos de empresas de mineração trazendo antigas usinas de carvão de volta à vida, como a estação geradora Harding que foi resgatada pela Marathon.
Emissões de carbono da usina Hardin cresceram 5.000%
A medida provocou alvoroço, dada a ameaça ambiental que a queima de combustíveis fósseis representa para o meio ambiente. A usina Hardin gerou mais de 187.000 toneladas de carbono, 5.000% a mais do que em todo o ano de 2020.
“Isso não está ajudando os moradores no inverno, é para enriquecer algumas pessoas enquanto destroem o clima para todos nós. Se você está preocupado com as mudanças climáticas, você não deve ter nada a ver com criptomoedas, é um desastre para o clima”, disse um morador.
No entanto, nem todos os mineradores de Bitcoin estão usando o carvão de uma forma negativa. A Stronghold Digital Minint está pivotando o carvão de uma maneira mais engenhosa para proteger o meio ambiente.
A empresa coleta cinzas de carvão, um subproduto tóxico do carvão queimado, e processa-a em uma instalação de processamento de resíduos antes de devolvê-la como fonte de energia. As cinzas de carvão contêm metais pesados e outras substâncias tóxicas que infiltram-se em águas subterrâneas e contaminam o solo.
Apesar da recente reviravolta, a UE está interessada em reduzir o uso, enquanto a AIE revelou planos para lançar sua revisão no meio do ano para acompanhar os impactos energéticos da guerra na Ucrânia.
Para Emma Champion, chefe de transições energéticas regionais da Bloomberg,
“É o último obstáculo para o carvão na Europa”.
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