Mineradores chineses de Bitcoin estão investindo novamente a espera de energia barata
A aposta numa energia elétrica mais barata tem levado os mineradores de Bitcoin na China a comprar equipamentos usados e a fazer acordos com fazendas de mineração e usinas hidrelétricas.Tudo isso na esperança de se ter aumento nos lucros.
Segundo informações da CoinDesk, eles esperam que haja uma quantidade significativa de eletricidade excedente gerada por centenas de usinas hidrelétricas, especialmente nas províncias montanhosas do sudoeste de Sichuan e Yunnan.
Para isso acontecer, contudo, esses mineradores precisam
estar certos de que a crença de água abundante nesse verão se torne uma realidade
para início de tudo.
A expectativa é de que o
excesso de energia produzida resulte em custos competitivos de eletricidade
para elas. Se isso ocorrer será uma grande oportunidade dessas empresas
conseguirem otimizar os seus lucros no mercado que atualmente não tem sido tão
rentável como antes.
Energia em conta
Com seis fazendas de
mineração e um fornecimento de cerca de 200 mil vagas para máquinas, a empresa
Hashage, sediada na cidade de Chengdu em Sichuan aponta que o custo da
eletricidade durante o verão nessa região é geralmente em torno de 0,25 yuan (equivalente
à 0,037 dólares), por quilowatt / hora (kWh) para hospedagem de equipamentos
para mineradores.
Para se ter uma ideia, o custo normal gira em torno de 0,35 yuan (cerca de 0,052 dólares) por KWh. É claro que esse custo pode variar de uma usina hidrelétrica para outra. Mas do geral, a diferença representa algo por volta de 0,01 yuan chinês (0,0015 dólares).
Mesmo parecendo uma cifra pequena, isso é bastante significativo para essas mineradoras de bitcoin que enfrentaram dificuldades em 2018. Xun Zheng, CEO da Hashage, afirmou no mês passado à Coindesk, que havia uma grande demanda de mineradores para hospedar suas máquinas.
Os mineradores
individuais estão procurando hospedar de mil a três mil unidades de
equipamentos de mineração cada, enquanto fazendas maiores estão de olho em uma
escala maior de dezenas de milhares de máquinas, segundo Zheng.
Ele disse, naquele
período, que a empresa havia conversado com mineradoras individuais e grandes
fazendas de mineração com uma demanda total de mais de 1 milhão de slots para a
implantação de chips de mineração.
Segundo Zheng é uma
prática comum para as fazendas de mineração assinar acordos com usinas
elétricas para adquirir 80% da capacidade das usinas antecipadamente.
A empresa, entretanto, se
compromete a pagar pelo acordado, independentemente se tiver ou não mineiros
suficientes para consumir toda a quantia prometida.
Negócio da China
Se for considerado que o AntMiner S9 da Bitmain, consome cerca de 30 kWh por dia, essa pequena diferença de 0,0015 dólares por KWh pode acarretar no final numa economia diária de 450 de dólares para um minerador que tem 10 mil máquinas, o que num só mês representará uma conta de luz 13.500 dólares mais barata.
A economia não para por aí. Um minerador pode poupar mais ainda caso compre um equipamento desse usado. Segundo Zheng, um AntMiner S9 da Bitmain de segunda mão, dependendo do nível de dano, pode ser comprado por cerca de 150 dólares, com uma capacidade de computação de pouco mais de 10 trilhões de hashes por segundo (TH/s).
O fato alguns atacadistas na China têm oferecido esse equipamento usado no mercado de e-commerce Alibaba por valores que vão entre US$ 100 e US$ 200.
Um equipamento desse novo não sai por menos de US$ 300, na mão desses atacadistas. Só o site oficial do fabricante Bitmain lista o preço do novíssimo S9 por volta de US$ 450.
Tyler Xiong, diretor de marketing da Bixin, disse que com o encerramento de operações de algumas mineradoras que aconteceu no final de 2018 houve aumento da disponibilidade desses equipamentos usados.
Xiong afirma que “agora
tem a melhor relação custo-benefício do mercado”
“S9 é agora como o
AK-47 (rifle de assalto) em ASICs”, afirma o diretor de marketing da
empresa que planeja aumentar sua própria capacidade de mineração em Sichuan
durante o verão. A escala planejada para esse crescimento, contudo, não foi divulgada.
Planos
Ao contrário da Bixin, a
Hashage entra em detalhes sobre seu planejamento para crescer. Zheng disse que haverá
cerca de 1,5 milhão de vagas disponíveis para mineradores.
Como ele terá de pagar
pela energia contratada antecipadamente, consumindo ou não, Zheng afirmou que
sua empresa, além de hospedar máquinas para mineradoras, planeja implantar
cerca de 20.000 ASICs para minerar em seu próprio nome.
As máquinas que serão utilizadas
nessa empreitada serão de segunda mão compradas no mercado, conforme relata o Ceo
da Hashage.
Ele espera que toda a taxa de hash da rede bitcoin chegue a 70 quintilhões de hashes por segundo (EH/s) nesse verão, o que seria algo bem acima da alta histórica da rede de 61 EH/s, registrada no verão de 2018.
Zheng tem a seu favor uma taxa de crescimento constante na taxa de hash do bitcoin. De acordo com dados da blockchain.info, foi registrado uma média de aumento em torno de 35 EH/s no início de janeiro para cerca de 42 EH/s, agora nesse mês.
“Costumávamos pensar que a oferta total seria maior que a demanda. Mas a quantidade total de ASICs no mercado, além de novas máquinas produzidas pelos principais fabricantes, pode certamente preencher a oferta total. A questão agora é quantos mineradores aceitarão essa aposta”, disse Zheng.
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