Microsoft, OpenAI e big techs se unem para combater deepfakes de desinformação política

O uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) para gerar desinformação política está preocupando as big techs. Assim, várias delas decidiram se unir para combater conteúdo malicioso.

O objetivo é adotar um framework conjunto para responder a deepfakes criados por IA com o objetivo de enganar eleitores.

Big techs contra fraudes eleitorais

Para isso, as empresas assinaram um acordo de cooperação na sexta-feira (16), durante a Conferência de Segurança de Monique. A lista inclui, por exemplo, gigantes como a Meta, Google, Amazon, Adobe e IBM, além de startups de IA como a OpenAI e a Anthropic.

Também fazem parte empresas de segurança com ao McAfee e a TrendMicro e redes sociais como o TikTok, o Snap e, quem diria, o Twitter (X).

O acordo prevê que as empresas usarão recursos para detectar deepfakes políticos criados ou distribuídos em suas plataformas. Eles também devem compartilhar as melhores práticas de detecção e prestar atenção no contexto ao lidar com esses deepfakes, com o objetivo de “resguardar a expressão educacional, documental, artística, satírica e política” ao mesmo tempo em que mantém a transparência.

“Não há como o setor de tecnologia proteger eleições sozinho deste novo tipo de abuso eleitoral. Conforme visamos o futuro, parece que aqueles de nós que trabalham na Microsoft também precisarão de novas formas de agir. É claro que a proteção das eleições vai requisitar que nós trabalhemos juntos”, disse o vice-diretor e presidente da Microsoft, Brad Smith.

Vem aí a desinformação!

A preocupação sobre o uso de IA para espalhar desinformação na política não é nova. Entretanto, ela se acirrou em 2024, frente aos avanços da tecnologia e à iminente eleição presidencial nos EUA.

A OpenAI, por exemplo, proibiu o uso de seus modelos de linguagem, como o ChatGPT, para a criação de conteúdo político falso. Mesmo assim, a empresa sabe que alterar a política de uso pouco faz para dissuadir criminosos.

Na verdade, as empresas não cogitam mais se a IA será usada para a criação de deepfakes eleitorais. Todas sabem que é apenas questão de tempo até que novas peças falsas surjam.

Enquanto isso, a reação de plataformas à divulgação de deepfakes ainda carece. O Twitter (X), por exemplo, sofreu com a proliferação de deepfakes pornográficos de Taylor Swift em janeiro de 2024. A resposta do microblog foi extremamente lenta, removendo o conteúdo horas após sua postagem original, depois de usuários terem tempo suficiente para copiar os vídeos e republicá-los em outras contas.

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