Michael Saylor critica ‘desinformação’ sobre gasto de energia do Bitcoin

Michael Saylor afirma que a mineração de Bitcoin pode se tornar uma indústria limpa, lucrativa e moderna, que oferece uma moeda forte alternativa para países em desenvolvimento.

Antes da transição da Ethereum (ETH) para um mecanismo de consenso de Prova-de-participação (PoS), o maximalista do Bitcoin (BTC) Michael Saylor se opôs ao que diz ser “desinformação e propaganda” sobre os impactos ambientais negativos da mineração de BTC e da Prova-de-Trabalho (PoW) .

O presidente executivo da MicroStrategy, que recentemente deixou o cargo de CEO, compartilhou um longo thread em sua conta no Twitter na quarta-feira, 14, detalhando sete de suas “reflexões de alto nível” sobre a mineração de BTC e seu impacto no meio ambiente.

Dado o grande volume de desinformação e propaganda circulando ultimamente, achei importante compartilhar a verdade sobre a mineração de #Bitcoin e o meio ambiente

— Michael Saylor (@saylor)

Um de seus principais argumentos concentrou-se em negar a noção de que a mineração Prova-de-Trabalho (PoW) do BTC não é eficiente em termos de energia.

Saylor afirma, ao contrário, de que se trata do “uso industrial mais limpo de eletricidade e que está melhorando sua eficiência energética no ritmo mais rápido do que qualquer grande indústria.”

Ele sustentou seu argumento com números retirados do Q2 Global Bitcoin Data Mining Review publicado em julho pelo Bitcoin Mining Council, um grupo de 45 empresas que afirmam representar 50,5% da taxa de hash da rede global, observando:

“Nossas métricas mostram que ~59,5% da energia para mineração de bitcoin vem de fontes sustentáveis e a eficiência energética vem melhorando 46% ano a ano.”

A defesa de Saylor ocorre quando a indústria de mineração de BTC está sob pressão sobre seu suposto impacto negativo sobre o meio ambiente, o que levou alguns estados dos Estados Unidos a tomar medidas para proibir a mineração de criptomoedas.

Saylor afirma que melhorias constantes na rede e “melhorias implacáveis nos semicondutores” tornam a mineração muito mais eficiente em termos de energia do que grandes empresas de tecnologia como Google, Netflix ou Facebook.

“Aproximadamente US$ 4-5 bilhões em eletricidade são usados para alimentar e proteger uma rede que vale US$ 420 bilhões em números de hoje”, argumentou Saylor:

“Isso torna o Bitcoin muito menos intensivo em energia do que o Google, Netflix ou Facebook, e 1-2 ordens de magnitude menos intensiva em gasto de energia do que as indústrias tradicionais do século 20, como companhias aéreas, logística, varejo, hospitalidade e agricultura”.

Saylor também afirmou que 99,92% das emissões de carbono no mundo se devem a usos industriais de energia que nada tem a ver com a mineração de Bitcoin.

Olhando para os números, Saylor disse não acreditar que os argumentos dos ambientalistas que condenam a mineração PoW sejam justos.

Em sua opinião, trata-se de uma tentativa de “focar a atenção negativa na mineração de Prova-de-Trabalho” para distrair as autoridades da “verdade inconveniente de que os ativos digitais baseados em Prova-de-Trabalho geralmente são títulos não registrados e não regulamentados negociados em exchanges.”

Em um dos casos legais mais importantes no momento, a Ripple está envolvida em uma ação judicial com a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) por supostamente conduzir uma venda de títulos não registrados na forma da criptomoeda XRP.

Para encerrar, Saylor diz que toda a negatividade em relação à mineração PoW oculta seus possíveis benefícios para o mundo.

“A mineração de Bitcoin pode trazer uma indústria limpa, lucrativa e moderna, que oferece uma moeda forte alternativa para países em desenvolvimento, conectada apenas via link de satélite.”

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