Metaverso do Facebook é criticado por gráficos simples
O novo jogo metaverso Horizon Worlds da Meta, lançado em Paris e na Espanha esta semana, atraiu críticas por seus gráficos primitivos.
O jogo, acessível através do headset Oculus VR da Meta, foi criticado por gráficos que pareciam um videogame do final dos anos 90 e início dos anos 2000. Em uma captura de tela do jogo amplamente divulgada, há um avatar digital do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, contra o fundo de uma Torre Eiffel virtual e o que parece ser a Sagrada Família em Barcelona.
A versão beta do Horizon Worlds foi lançada para proprietários de fones de ouvido Oculus nos Estados Unidos e Canadá em dezembro de 2021 e, posteriormente, para todos os indivíduos com 18 anos ou mais. Em fevereiro de 2022, o jogo atingiu a marca de 300.000 usuários mensais.
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OculusVR está longe dos gráficos de última geração
Em relação às críticas aos gráficos rudimentares, um comentarista do Hacker News apontou que o fone de ouvido Oculus VR, com seu preço de US$ 400, é o principal culpado. Seu poder de processamento limitado significa que ele não pode renderizar gráficos complexos com a mesma proeza de um PlayStation 5, por exemplo.
Um estudante de pós-graduação da Annenberg School for Communication, na Pensilvânia, disse que a aparência de baixa fidelidade atenua a desorientação que alguns usuários vulneráveis podem experimentar com gráficos mais avançados e, portanto, pode ser intencionalmente projetado dessa forma.
Ele também acrescentou que Horizon Worlds pode ser um ambiente de sandbox para Meta obter informações sobre o que os usuários estão dispostos a pagar em um mundo virtual e não é o objetivo final dos esforços da empresa. O próprio Zuckerberg disse que realizar o metaverso como a empresa imagina pode levar de 10 a 15 anos.
Outros críticos chamaram a atenção para a falta de uma parte inferior do corpo dos avatares do Horizon Worlds. Em resposta às críticas ao jogo, Zuckerberg disse que grandes atualizações gráficas estavam a caminho, mesmo com o poder limitado de seu fone de ouvido. Para demonstrar isso, ele publicou uma selfie incluindo iluminação básica para ilustrar os recursos do fone de ouvido, o que atraiu ceticismo.
Monetização do criador é fundamental
Em uma conversa com o Vidyuu Studios no início deste ano, Zuckerberg enfatizou a importância de os criadores monetizarem as experiências do usuário e contribuírem para a economia do metaverso. Assim como a Apple tira uma fatia dos lucros das vendas em sua App Store, o empresário prevê que a Meta se tornará a guardiã de uma nova economia virtual e terá uma fatia de cada transação feita no metaverso.
Empresas e indivíduos já ganham dinheiro em ambientes virtuais como o Roblox, onde podem criar espaços virtuais para se encontrar e se expressar. O projeto, cujos gráficos também podem ser considerados rudimentares, já atrai 50 milhões de usuários por meio de sua experiência.
Apesar disso, o cofundador do Ethereum (ETH), Vitalik Buterin, acredita que os planos da Meta em relação ao metaverso irão falhar.
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