Meta lança plataforma de realidade virtual em seu primeiro passo em direção ao metaverso

“Horizon Worlds” é uma plataforma de realidade virtual que acaba de ser disponibilizada para o público canadense e norte-americano.

Um primeiro vislumbre da visão da Meta (ex-Facebook) para o metaverso já está disponível desde ontem para usuários maiores de 18 anos dos EUA e do Canadá em versão beta.

“Horizon Worlds” é uma plataforma aberta de realidade virtual (VR) em que avatares digitais personalizados podem socializar com amigos ou desconhecidos em inúmeros universos diferentes, disputar alguns tipos de jogos e construir ambientes customizáveis. Para acessá-la e explorá-la em todo seu potencial é necessário ter um headset Quest 2.

Na realidade virtual recém apresentada pela Meta, os avatares não têm pernas e flutuam pelo espaço. Além de se movimentar livremente é possível gesticular e falar com um grau razoável de realismo.

Horizon Worlds is now open to more people in the US and Canada. We’ve been amazed at the spaces creators have made and we can’t wait to see what you build next! pic.twitter.com/Dz95WmXES6

— Meta (@Meta) December 9, 2021

Horizon Worlds agora está aberto às pessoas nos Estados Unidos e no Canadá. Ficamos maravilhados com os espaços que os criadores criaram e mal podemos esperar para ver o que você construirá a seguir!

— Meta (@Meta)

Uma repórter da CNN teve acesso antecipado ao “Horizon Worlds” e compartilhou suas impressões sobre o ambiente virtual da Meta em uma reportagem. Segundo Rachel Metz, a primeira impressão sobre “Horizon Worlds” é que se trata de uma versão “descolada” da plataforma pioneira na criação de realidades digitais paralelas, o “Second Life”.

No tempo em que se dedicou à exploração da plataforma, Metz navegou por inúmeros mundos digitais à procura de outros “humanos digitalizados” sob a forma de avatares, mas não foi capaz de encontrá-los. Acabou parando em um mundo intitulado “Retro Zombies” onde finalmente conseguiu estabelecer alguma forma de interação: atirou em um zumbi e em seguida foi atacada por ele.

O momento mais divertido de sua jornada no “Horizon Worlds” aconteceu quando funcionários do Meta se juntaram aos jornalistas para disputar um jogo chamado “Arena Clash”. Por enquanto, os jogos são a maior fonte de atração de usuários para ambientes virtuais. Encontrar outras formas de entretenimento e utilidade para o metaverso é o grande desafio dos desenvolvedores.

A Meta aposta na criação de ambientes virtuais de trabalho para transformar as reuniões de equipes que trabalham remotamente em eventos mais divertidos e dinâmicos, o “Horizon Workrooms”. Além disso, a empresa pretende criar ambientes privativos de convivência para que os usuários possam formar comunidades de acesso restrito para socialização, o “Horizon Home”.

A Meta evitou relacionar o novo lançamento ao termo metaverso, uma vez que a delcaração de intenções de Mark Zuckerberg de liderar o desenvolvimento desta nova dimensão da realidade não foi exatamente bem recebida por diversos setores da sociedade críticos às práticas empresarias da gigante das redes sociais.

No entanto, é evidente que “Horizon Worlds”, é o primeiro passo da Meta em direção à construção de um metaverso imersivo capaz de popularizar uma tecnologia que até agora tem se mantido restrita a nichos muito específicos.

Não é a primeira vez que a empresa de Mark Zuckerberg lança um produto destinado à socialização em VR. Em 2016 e 2017, o então Facebook criou aplicativos de encontros virtuais que permitiam que os usuários interagissem em ambientes VR. No entanto, eles nunca obtiveram grande apelo junto ao público e foram descontinuados em outubro de 2019.

A Meta não está sozinha em seu caminho rumo ao metaverso. Outras big techs também manifestaram intenções de desenvolver ambientes virtuais de socialização. Ainda no início deste ano, quando o tema ainda não estava em evidência, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, declarou que a empresa tem planos de construir o “metaverso empresarial”. Plataformas de jogos como Roblox e Fortnite também estão desenvolvendo soluções de realidade virtual com foco na experiência dos usuários.

Enquanto isso, no universo paralelo da tecnologia blockchain, a indústria de criptomoedas propõe sua própria narrativa alternativa e original sobre o metaverso, criando ambientes virtuais descentralizados, interoperáveis, de governança compartilhada, em que o valor gerado pela rede é distribuído entre todos os seus usuários, como nos jogos play-to-earn

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