Mesmo após queda, bitcoin supera principais ações de tecnologia no mês
Apesar de 2022 ter iniciado com uma forte correlação entre o bitcoin e o mercado de ações, ambos em queda diante da sugestão de que o Banco Central dos EUA voltaria a aumentar a taxa de juros para conter a escalada da inflação, nos últimos 30 dias voltou-se a verificar um descolamento do bitcoin em relação a seis ações de gigantes do setor de tecnologia, apontou a ferramenta de retorno sobre investimento (ROI) da Finbold.
Em média, a maior criptomoeda do mercado teve um retorno sobre o investimento 12% superior ao das ações da Meta, da Tesla, da Amazon, da Alphabet, da Microsoft e da Apple entre 14 de janeiro e 13 de fevereiro, apesar da volatilidade e das incertezas do mercado cripto no período.
O ROI do #bitcoin ultrapassou uma média de 12,24% das principais ações de tecnologia nos últimos 30 dias. Excedendo cada em cerca de:
Meta → 46,74%
Tesla → 18,37%
Amazon → 3,78%
Alphabet → 1,84%
Microsoft → 1,95%
Apple → 0,76%— Rispar (@RisparCredito) February 14, 2022
O desempenho do bitcoin no período foi significativamente superior ao da Meta em 46,74% e bem melhor do que a da fabricante de veículos elétricos Tesla – 18,37%. O criptoativo ainda superou a Amazon em 3,78%, a Microsoft em 1,95%, a Alphabet, controladora do Google, em 1,84% e a Apple em 0,76%.
Segundo análise da Finbold, a superioridade do bitcoin sobre as maiores empresas do setor de tecnologia são um indicador de que o bitcoin poderá retomar em breve seu status como um ativo de desempenho superior quando comparado a instrumentos financeiros tradicionais. No ano passado, o bitcoin acumulou 60% de valorização contra 21% do S&P 500, por exemplo.
Apesar do bitcoin ter performado melhor do que este grupo de ações nos últimos 30 dias, a correlação entre o preço do criptoativo e o desempenho do mercado acionário não foi totalmente abolida à medida que os impactos do potencial aumento das taxas de juros e das crescentes preocupações com o descontrole inflacionário ainda estão por ser totalmente precificados pelos mercados, afirma a Finbold.
Empresas de tecnologia estão investindo em criptomoedas
O crescimento do mercado de criptomoedas, com o surgimento de novos setores como os de NFTs (tokens não-fungíveis), jogos em blockchain e organizações autônomas descentralizadas (DAOs), tem forçado as empresas de tecnologia a integrar as moedas digitais aos seus portfólios de produtos e serviços. Isso quando não as adicionam diretamente a seus balanços comerciais, como foi o caso da Tesla no ano passado, apesar da relação de amor e ódio de Elon Musk, o CEO da Tesla, e os maximalistas do bitcoin.
Recentemente, a Microsoft abriu uma vaga para diretor de negócios com criptomoedas, para liderar o desenvolvimento da Web 3.0 na empresa. Enquanto isso, a Apple anunciou um novo recurso que permitirá aos usuários do Apple Pay utilizar a função Tap to Pay do iPhone para fazer compras em bitcoin e outras criptomoedas.
E a Meta segue investindo sem medir esforços no desenvolvimento de produtos e plataformas com foco no metaverso. Apesar dos esforços, a Meta registrou os piores retornos entre as principais ações de tecnologia nesse começo de ano.
A queda de mais de 46% das ações da companhia são um reflexo dos resultados decepcionantes da empresa no quarto trimestre de 2021, justamente depois de trocar sua marca de Facebook para Meta.
A correção foi desencadeada pela revelação de que o número de usuários do Facebook está em leve queda e a geração de receitas da gigante das redes sociais também caiu, colocando em xeque as metas da companhia de liderar a nova fase de desenvolvimento da internet que resultará no metaverso.
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