Mercado x COVID-19: corte na SELIC e liquidez são suficientes para combater a pandemia?

Mercado x COVID-19: B3 Bovespa segue a linha das Bolsas internacionais e mantém a subida. Corte na SELIC e injeção de liquidez pelo BC auxiliam o mercado de ações. Porém, será que é possível se contrapor à realidade da pandemia do COVID-19 no Brasil?

Atualmente, está ocorrendo um embate de interesses: as Bolsas de Valores estão subindo, devido aos estímulos proporcionados pelo FED e demais Bancos Centrais.

Além disso, o otimismo com a reabertura das economias impulsiona o mercado de ações. No Brasil, o provável corte da SELIC também ajuda na valorização da B3 Bovespa.

Porém, será que os investidores estão excessivamente otimistas? A pandemia do COVID-19 caminha longe de uma resolução, principalmente no Brasil.

COVID-19 coloca investidores contra a parede

Nasdaq 100 bate recorde intradiário em meio à pandemia
Nasdaq 100 bate recorde intradiário em meio à pandemia

A pandemia provocada pelo novo coronavírus ainda não está completamente resolvida em nenhum lugar do mundo. Assim, mesmo nos países em que a pandemia está controlada, ainda é difícil prever quando será possível voltar à normalidade.

Por conta da preocupação das autoridades com a pandemia, é difícil entender o otimismo dos mercados.

O exemplo mais marcante vem dos EUA: em meio aos protestos raciais e o COVID-19, a Nasdaq bateu a sua máxima histórica. Porém, como explicar o recorde do mercado de ações em meio a um dos momentos mais problemáticos da história recente?

No Brasil, a situação é parecida.

O IBOV, índice que mede o desempenho das principais ações da B3 Bovespa, disparou há algumas semanas:

IBOV no intervalo de 30 dias
IBOV no intervalo de 30 dias

No gráfico, é possível observar o comportamento do índice nos últimos 30 dias. Mesmo com o país batendo recordes no número de mortos e infectados com o COVID-19, a Bolsa parece imune ao problema.

Porém, vale ressaltar que houve um choque de realidade no dia 10 de junho. Isso aconteceu porque o presidente do Banco Central americano discursou de maneira cautelosa sobre a recuperação da economia norte-americana.

Mesmo assim, o IBOV segue subindo.

Hoje, o COPOM vai se reunir para decidir sobre a SELIC. É provável que a taxa básica de juros da economia brasileira caia, de 3% para 2,25%.

Mercado não pode negar a realidade para sempre

Parece óbvio, mas não é: o mercado não pode negar a realidade do COVID-19.

Num embate “Mercado x COVID-19”, um possível rebote da doença pode trazer consequências graves para a economia do Brasil e dos demais países do mundo.

Há que se ressaltar que alguns fatores contribuem para a subida das ações, como:

  • Injeção de liquidez pelo Banco Central
  • SELIC baixa aponta para mais crédito na praça
  • Volta das atividades econômicas

Porém, caso o coronavírus volte com força, é provável que os mercados sofram prejuízos bilionários. Portanto, é necessário ter cautela em relação ao otimismo com a reabertura.

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