Mercado Livre, XP, Nubank, Itaú e BTG entram no mercado de criptomoedas e prometem mudar panorama no Brasil

Nas últimas semanas, diversas instituições de investimento, bancos e fintechs anunciaram a entrada no mercado de criptomoedas no Brasil.

Nas últimas semanas, diversas instituições de investimento, bancos e fintechs anunciaram a entrada no mercado de criptomoedas no Brasil. As iniciativas, que envolvem do Itaú ao Mercado Pago, passando por Santander, PicPay, Nubank, entre outros, prometem mudar o panorama da negociação de criptomoedas no país, hoje dominado pelas exchanges de criptomoedas.

Analista destaca 2 criptomoedas que não estão no radar dos brasileiros mas são grandes promessas do mercado

O primeiro banco a anunciar o lançamento de uma plataforma de investimentos em criptomoedas foi o BTG Pactual, em setembro de 2021. Em maio deste ano, o Nubank iniciou as negociações com o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH). O serviço foi disponibilizado gradativamente a todos os clientes, que podem comprar as moedas digitais a partir de R$ 1 pelo app da fintech. Inaugurando assim a cultura de ser criar pequenas poupanças usando pouco dinheiro e apostando em cripto, sem se preocupar com gráficos e cotações.

Logo em seguida veio a XP e o PicPay que também anunciaram que vão lançar os serviços de venda criptoativos, seguindo o mesmo caminho do Nubank. O banco de investimento lançou a Xtage — nome dado à nova exchange — em meados de agosto. Contudo, essa não é a primeira experiência da XP no setor, que já teve outra exchange no passado, a XDEX, encerrada em 31 de março de 2020.

Já o Mercado Pago passou a aceitar transferências em Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e Pax Dollar (USDP) em sua carteira digital. A plataforma já aceita a compra, venda e custódia de criptomoedas desde dezembro de 2021, mas de maneira limitada. 

Além do Santander, o Itaú anunciou uma iniciativa importante no mundo cripto, mas ela não está relacionada à compra e venda de moedas digitais. Em julho, a instituição financeira lançou a unidade Itaú Digital Assets para ingressar no universo das criptomoedas por meio da tokenização e faz parte de um fundo cripto com a gestora Hashdex. 

Contudo, a experiência do Itaú está por enquanto restrita a criação de um setor com estrutura enxuta e experimental, para testar diversas fórmulas para trading, utilizando-se de ferramentas quantitativas e IA para otimização dos fundos. Portanto, ainda não é um setor voltado para o varejo do banco como explica Guilherme Giserman para o Cointelegraph, responsável pelo setor.

Os bancos não se tornaram crypto-friendly exatamente

Segundo um relatório publicado pela consultoria Oliver Wyman e chamado “Climate, Crypto, and Competing in This Cycle”, produzido em parceria com banco Morgan Stanley, isto não significa que os bancos agora são crypto-friendly, porém que a integração com a indústria de criptoativos pode gerar bilhões em receitas para as instituições financeiras tradicionais.

Segundo o relatório, o setor deve passar por uma fase de transformação nos próximos cinco anos, em função dos negócios relacionados aos avanços da criptoeconomia, que têm potencial para gerar receitas de até US$ 6 bilhões para os bancos tradicionais e bancos de investimento, se entrarem no mercado de criptomoedas com maior dedicação.

Segundo relatório feito pelo Banco Central do Brasil, com base em dados da Receita Federal, apenas em 2021, os investimentos brasileiros no segmento de criptomoedas, movimentaram, em média mais de R$ 6 bilhões por mês. Toda essa montanha dinheiro, passaram pelas exchanges e não pelos bancos exatamente.

Atualmente no Brasil, segundo dados do Cointrader Monitor, a Binance concentra 57.7% de todo o mercado de criptoativos, mas como o volume é reportado pelas próprias exchanges, há dúvidas sobre este tipo de estudo.

LEIA MAIS

Você pode gostar...