Mega operação derruba pirâmide acusada de lucrar R$ 60 mi e lavar dinheiro com bitcoin
Uma operação de grandes proporções do GAECO desarticulou uma organização criminosa que praticava crimes de pirâmide financeira e lavagem de dinheiro em todo território brasileiro.
Agentes do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) foram às ruas de 12 estados brasileiros nesta quinta-feira (25) para prender os líderes de uma pirâmide financeira acusada de aplicar golpes em milhares de brasileiros.
A operação “Black Monday” partiu do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que há quase um ano investiga um esquema fraudulento promovido pelos sites “Aprenda Investindo” e “Investing Brasil”.
Com a promessa de grandes retornos financeiros, as vítimas eram incentivadas a fazer transferências bancárias para diversas pessoas jurídicas através das corretoras “VLOM” e “LBLV”.
Ao invés de investir o dinheiro dos usuários nos planos contratados, os golpistas convertiam os valores em bitcoin e em bens de alto valor, como carros de luxo. Entre 2019 e 2020, o esquema causou um prejuízo de R$ 60 milhões a pelo menos 1,5 mil vítimas.
A operação deflagrada hoje envolveu um total de 218 autoridades de 12 estados brasileiros, entre eles Minas Gerais, Goiás, Pernambuco, São Paulo, Paraíba, Bahia, Alagoas, Maranhão, Rondônia, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Nestes estados, os agentes cumpriram seis mandados de prisão e 29 mandados de busca e apreensão. O líder do esquema foi preso em João Pessoa, na Paraíba. Na sua casa, aliás, a polícia apreendeu dois carros de luxo, entre eles uma Lamborghini avaliada em R$ 2,5 milhões.
Conforme mostrou o G1, a operação em Pernambuco apreendeu documentos bancários, pendrives, computadores, dinheiro em espécie e veículos, que totalizam cerca de R$ 600 mil.
Pai e filho aplicam golpe de bitcoin distribuindo panfletos na rua
Uma segunda pirâmide financeira também desmoronou nesta semana em Belo Horizonte (MG). A polícia civil prendeu nesta quarta-feira (24), pai e filho acusados de enganar 600 vítimas em uma pirâmide financeira.
Através da empresa “Medina Bank”, a dupla atraia investidores com a promessa de rendimento fixo de 15% ao mês, aplicados no investimento de bitcoin.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Monah Zein, “eles alegam que trabalhavam com investimentos de bitcoins, investimentos esses que até agora não conseguiram comprovar”.
O prejuízo que o esquema causou aos investidores ainda está sendo calculado. No entanto, a delegada conta que houve vítimas que investiram quantias grandes no esquema, que chegam a R$ 300 mil.
Para atrair pessoas à pirâmide, os golpistas distribuíam marmitas de graça, visando atingir principalmente a população de baixa renda. Além disso, eles distribuíam panfletos na rua para divulgar as promessas irreais de lucros.
Posteriormente a prisão dos líderes, as autoridades apreenderam computadores, documentos e cinco carros de luxo, um deles chegando a valer R$ 250 mil.
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