MB Digital Assets anuncia ampliação dos non-security tokens com meta de R$ 600 milhões para 2022
Empresa quer ampliar a tokenização para outros segmentos, como ativos dos setores imobiliário, agro, energia, entretenimento, legal chaim e recebíveis.
O MB Digital Assets (MBDA), empresa do ecossistema da 2TM especializada em registros em blockchain e tokenização de ativos reais, anunciou esta semana que pretende originar até o final de 2022 aproximadamente R$ 600 milhões em novos tokens vinculados a ativos reais comuns, os non-security-tokens. O que faz parte de uma estratégia da empresa de fomentar o mercado cripto com produtos alternativos às criptomoedas por meio da ampliação dos segmentos a serem tokenizados.
No rol dos novos mercados conquistados pelo MBDA, a terem ativos reais convertidos em tokens, estão os setores imobiliário, agro, energia, entretenimento, legal chaim e recebíveis.
Atualmente o MBDA já atua na tokenização de precatórios, cotas de consórcio e de esporte. Segundo a empresa, nos três primeiros meses de 2022, já foram originados R$ 14 milhões, sendo que o último token lançado, de cotas contempladas de consórcio, em parceria com a Consorciei, esgotou-se na plataforma em 30 dias.
Em todos esses segmentos, conseguimos viabilizar o nosso propósito de estruturar, digitalizar e registrar ativos na tecnologia blockchain, prover liquidez ao proprietário do ativo com um modelo mais justo de remuneração e democratizar o acesso a novos investimentos. Enxergamos que os investimentos em ativos digitais são uma maneira simples e com menos custos de alocar uma parcela do patrimônio em oportunidades de maior retorno, sem aumento representativo de risco, nem trava de liquidez, explicou o Diretor de Novos Negócios do MBDA, Vitor Delduque.
De acordo com executivo, para cada um dos setores é possível transformar um ativo real, um bem ou um direito, em uma fração e dar acesso a um número maior de clientes, privilégio que antes só era disponível para investidores institucionais. No agro, por exemplo, ele diz que será viável tokenizar contratos de financiamento à produção de pequenos e grandes produtores. No caso do ramo de energia, serão os financiamentos e recebíveis de projetos de energia renovável; no entretenimento, os recebíveis do mundo esportivo, musical, audiovisual e gastronômico (mecanismos de solidariedade, direitos de imagem e autorais, etc.); no imobiliário, o Valor Geral de Vendas de um empreendimento, locação de lojas; e para legal claim, os processos judiciais.
Há pouco mais de cinco meses no MBDA, Delduque, que acumula experiência no mercado tradicional, defendeu ainda que tokens podem ser a porta de entrada aos investidores, que já estão acostumados com o mercado financeiro tradicional, para o mercado financeiro do futuro.
O MBDA e a tokenização
A trajetória de tokenização de ativos do MBDA começou em outubro de 2019. De lá pra cá, a empresa já acumula 140 milhões em non-security-tokens. Em 2021, cerca de R$ 54,7 milhões foram originados em tokens de consórcio, precatório, Mecanismo de Solidariedade da Federação Internacional de Futebol (FIFA) e recebíveis.
No caso dos tokens que utilizam o Mecanismo de Solidariedade da FIFA, os criptoativos são anexados aos royalties criados pela instituição esportiva, que prevê o pagamento de uma parcela de qualquer transação, venda ou empréstimo, ao clube formador do jogador negociado. Em relação à tokenização destes royalties, a iniciativa começou em dezembro de 2020 por meio de uma parceria pioneira entre o MBDA e o Club de Regatas Vasco da Gama, ocasião em que foi lançado o Vasco Token. No total foram emitidos 500 mil tokens, que alcançaram o valor de R$ 50 milhões. Em pouco mais de 15 meses, os detentores do Vasco Token já receberam rendimentos provenientes de transações de Philippe Coutinho, Allan Loureiro e Marrony.
Outro gigante do futebol brasileiro a fechar parceria com o MBDA foi o Santos Futebol Clube por meio do Token da Vila, lançado no início de março também pelo Mecanismo de Solidariedade FIFA, conforme noticiou o Cointelegraph.
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