Matheus Grijó trabalhou dentro da Atlas Quantum e é acusado de ‘espionagem’

O desenvolvedor Matheus Grjió, ex-dono da AnubisTrade, foi quem desenvolveu o bot de trade chamado de Phoenix que vem sendo comercializado pelo Atlas Quantum e também o responsável pela produção do ‘Novo Quantum’

O desenvolvedor Matheus Grjió, ex-dono da AnubisTrade, foi quem desenvolveu o bot de trade chamado de Phoenix que vem sendo comercializado pelo Atlas Quantum, segundo informações compartilhadas em 08 de abril, por um funcionário da Atlas que pediu para não ser identificado.

O Cointelegraph confirmou a história com pelo menos outras duas pessoas que revelaram ainda que Grijó foi contratado por Rodrigo Marques e trabalhou dentro da Atlas Quantum, realizando o desenvolvimento do robô e do ‘Novo Quantum’, exchange lançada pela Atlas no mês passado como parte da solução para a crise vivenciada pela empresa.

Na Atlas, segundo fontes, Grijó ainda era o responsável por “espalhar”, anonimamente, em grupos e nas redes sociais a crise que vinha ocorrendo com a empresa, além de diversas fotos e informações vazadas sobre a Atlas no ano passado teriam sido divulgadas por ele.

“Grijó nunca gostou do Rodrigo Marques e sempre chamou a Atlas de pirâmide nas redes sociais, porém a proposta de compra da Anubis e o valor acertado pelo robô e pela plataforma atraiu ele. Mesmo assim, ele nunca ‘foi com a fuça’ do Rodrigo”, disse a fonte.

Ainda segundo a fonte, aproveitando que estava na Atlas, Grijó teve acesso ao cadastro de todos os clientes e teria usado este cadastro para divulgar o seu novo produto o Botmex Ninja, um robô para trader que opera no mesmo sistema que o Phoenix, atuando desta forma, como uma espécie de espião.

Em um grupo dedicado à comissão de credores da Atlas Quantum, clientes criticaram a atitude de Grijó em criar o Botmex Ninja, uma vez que o robô é concorrente direto do Phoenix e pode prejudicar uma possível recuperação da empresa. Além disso, o Botmex apresenta investimentos mínimos menores, bem como um “aluguel” menor, razão pela qual alguns usuários do Phoenix migraram de robô.

Ao ser confrontado no grupo, Grijó afirmou que “não estava recebendo nada” para desenvolver o Phoenix e o Novo Quantum, e que “faz o que pode”. Após afirmar que desenvolveu dois produtos para a Atlas, Grijó pergunta aos integrantes revoltados do grupo, “O que mais quer que eu faça? Que eu gere 15 mil BTCs?”, confirmando assim as informações compartilhadas com a reportagem pelos funcionários.

“Resumo: Grijó é o maior filho da p* de todos! Ganhou na venda da Anubis. Ganhou pra ser consultor. Ganhou com um bot concorrente, cobrando 20% de taxa, sabendo que a Atlas ia cobrar 50% Digo mais, capaz de ser um dos compradores de BTCQ lá presos, porque sabe de algo e não abre o bico!”, disse um dos investidores da Atlas/Anubis sobre Grijó.

Ainda segundo a fonte, a compra da Anubis pela Atlas teria sido feita para apresentar o suposto bot da empresa para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na esperança de conseguir uma dispensa da autarquia, indicando que o “Quantum” como era chamado o robô da Atlas e que era operado de um sala totalmente fechada na empresa com acesso extremamente restrito, não era eficiente ou não funcionava.

Pela venda da Anubis e pelo desenvolvimento dos produtos para a Atlas Quantum, Grijó teria recebido mais de 30 Bitcoins. Após a publicação da reportagem, Grijó entrou em contato com o Cointelegraph e encaminhou a seguinte nota:

“O botmex.ninja, conforme meu Github (https://github.com/MatheusGrijo/BitBotBackToTheFuture), e também pelo bitcointalk foi lançado em agosto de 2018, há muito tempo atrás, ele nasceu bem antes de qualquer bot ou rotina. Eu apenas continuei esse projeto, não tendo qualquer relação com nenhuma empresa. Por força de contrato não posso revelar mais nenhuma informação, mais queria revelar que varias informações na matéria estão equivocadas e sao inverdades, principalmente em relação a valores”,

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