Mark Cuban: lei sobre cripto nos EUA seria ‘como banir e-commerce em 1995’

O bilionário Mark Cuban, apresentador do programa “Shark Tank”, dono do time de basquete Dallas Mavericks, da NBA, e de diversas outras empresas, inclusive algumas ligadas à tecnologia blockchain, afirmou que a proposta que pretende taxas movimentações de criptomoedas nos Estados unidos seria como se o país tivesse proibido o comércio eletrônico nos anos 90.

“Desativar esse motor de crescimento seria o equivalente a impedir os e-commerces em 1995 porque as pessoas estavam com medo de fraudes com cartões de crédito. Ou regular a criação de websites porque algumas pessoas inicialmente achavam aquilo complicado e não entendiam o que aquilo poderia um dia significar”, disse, ao Washington Post.

A proposta norte-americana sobre criptoativos foi incluída na nova lei de infraestrutura em votação no país, que visa aumentar a arrecadação do governo em 1 trilhão de dólares. A abordagem sobre os ativos digitais é alvo de duras críticas de participantes do mercado de criptoativos e blockchain, que afirmam que, caso aprovada, a lei irá inviabilizar a inovação e pode ter efeitos devastadores sobre a indústria.

Um dos pontos que mais tem gerado críticas questiona a forma como o texto define “corretoras de criptoativos” que faria, por exemplo, com que mineradores fossem considerados assim e tivessem uma série de novas responsabilidades fiscais, possivelmente inviabilizando suas operações.

No domingo, 8, o CEO do Twitter e da Square, Jack Dorsey, publicou uma sequência de mensagens na rede social falando sobre o assunto: “Forçar regras de relatórios para americanos que desenvolvem software e hardware, que exploram e protegem a rede, ou que executam nós para construir resiliência e eficiência [no blockchain], é uma tarefa impossível, que só conduzirá o desenvolvimento e a operação dessa tecnologia crítica para fora dos EUA”, afirmou.

A lei, que é muito mais ampla do que o mercado de criptoativos e inclui decisões sobre diferentes setores da economia dos EUA, continua sendo debatida nesta segunda-feira, 9, e pode ser aprovada nas próximas horas. Emendas e alterações no texto original, entretanto, ainda são possíveis.

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