Homem larga o emprego para trabalhar no Terra (LUNA) e ‘derrete’ junto com a criptomoeda

Neel Somani assumiu redução salarial ao trocar emprego na Citadel por projeto de Do Kwon, mas garante que não se arrependeu.

Quando foi ao Twitter na noite do último dia 5 de abril anunciar que havia deixado o emprego na área de fundos de hedge da gigante do setor de investimentos Citadel para trabalhar no Terra Labs, Neel Somani, de 24 anos, não imaginava o que estava por vir. 

“Larguei meu emprego na Citadel para construir um projeto na web3! Minha proposta para o futuro do Terra DeFi”, disse.

Assumindo uma redução salarial considerável segundo ele,  Somani ingressou no Terra Hacker House, um programa financiado pelo Terra Labs e seus patrocinadores para criar uma Ethereum Virtual Machine (EVM), que representaria uma ponte entre as redes Terra e Ethereum.  O que, segundo Neel Somani, teria proporcionado um crescimento da rede Terra para ajudar a manter o lastro da stablecoin TerraUSD (UST) e o dólar americano. 

Trabalhando em escritório em Chicago, ele revelou ao New York Times que chegou a capitar investimentos de US$ 10 milhões para o projeto, o Terranova, e que outros 40 investidores estavam entusiasmados com a ideia, que envolvia a contratação de três funcionários e novos aportes, no total de cerca de US$ 65 milhões, que não chegaram a ser investidos, uma vez que o ecossistema Terra (LUNA) entrou em colapso antes disso. 

Ao DisruptionBanking, Neel negou qualquer possibilidade de esquema Ponzi na criptomoeda e disse que a implantação do projeto não chegou a tempo de evitar a manutenção da estabilidade do UST, que foi despejado de forma muito acelerada fazendo com que o fornecimento de LUNA também aumentasse rapidamente na tentativa de suprir a oferta da stablecoin algoritmica descentralizada. 

“A história verá as stablecoins de algoritmos como a) um desastre tão inevitável quanto a crise das hipotecas subprime ou b) a maior inovação recente da história financeira. Presumivelmente, agora temos nossa resposta”, emendou. 

Neel acrescentou que está trabalhando em outro projeto e disse que o LUNA está morto, sem perspectiva de recuperação. Apesar disso, ele garante não ter se arrependido em largar o emprego para ingressar no projeto encabeçado pelo empresário sul-coreano Do Kwon. 

“Estou super agradecido pela minha experiência e animado pelo que vem a seguir”, completou.  

Por outro lado, algumas revelações começaram vir à tona dias depois do colapso do ecossistema Terra (LUNA). A dramática história do crash, segundo documentos legais, foi precedida da liquidação de  dois escritórios sul-coreanos e a dissolução da corporação Terraform Labs Korea nos dias anteriores ao colapso da moeda dupla, conforme noticiou o Cointelegraph.  

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