Maioria dos investidores dos EUA e de outros 6 países já prefere Ethereum ao Bitcoin, revela pesquisa

Pesquisa ouviu investidores de 27 países para examinar as principais tendências de adoção de criptomoedas pelo mundo.

Uma pesquisa realizada pela provedora de serviços financeiros Finder investigou as preferências dos investidores de 27 países para traçar um painel global da adoção das criptomoedas em diferentes regiões do planeta.

O Bitcoin (BTC) ainda se mantém na liderança, mas cada vez mais o Ethereum (ETH) vem conquistando espaço nos portfólios dos adeptos dos ativos digitais.

Se há menos de um ano atrás, apenas em Singapura havia mais detentores de Ether do que de Bitcoin, agora já são sete países em que os adeptos dos ativos digitais privilegiam a moeda da rede idealizada por Vitalik Buterin na hora de depositar suas economias.

Chama atenção que os EUA estão entre eles: é o segundo país com maior adoção de Ether do que de BTC, logo atrás de Singapura. Entre os norte-americanos ouvidos pela pesquisa, o ETH é a criptomoeda dominante do portfólio de 31,7% dos investidores, em comparação com apenas 22,8% que preferem o BTC. Reino Unido, África do Sul, Suécia, Rússia e Vietnã são os outros cinco.

Criptmoedas favoritas dos países contemplados pela pesquisa da Finder. Fonte: Coin Text

Entre os países abrangidos pela pequisa, aquele que reúne, hoje, a maior quantidade de maximalistas do Bitcoin é a nossa vizinha Argentina: 72,7% dos investidores locais afirmaram ser hodlers de Bitcoin, enquanto apenas 14% preferem o Ether. Ainda assim, o ETH fica em segundo lugar na preferência dos argentinos, revelando uma postura bastante conservadora dos nossos vizinhos no que diz respeito a investimentos em criptoativos. O Bitcoin e o Ethereum respondem por mais de 85% da preferência dos argentinos.

A narrativa do Bitcoin com0 um ativo de reserva de valor ganhou aderência na Argentina, especialmente porque se trata de um país que convive com surtos inflacionários há pelo menos quatro décadas. 

Além disso, recentemente o governo elevou o controle de capitais no país, restringindo a quantidade de moeda estrangeira que pode ser adquirida pelos cidadãos periodicamente. Daí a popularidade crescente do BTC entre os argentinos, apesar das restrições recentemente impostas pelo Banco Central à comercialização de criptoativos no país.

Brasil

No Brasil, o Bitcoin ainda mantém a dominância no portfólio dos adeptos de criptoativos, embora a preferência pela maior criptomoeda do mercado tenha caído sensivelmente entre outubro do ano passado e janeiro deste ano, tendo caído de 52,3% para 28,4%.

Este número coloca o país bem abaixo da média global de hodlers de BTC, que é de 39,1%. isso coloca o Brasil no 21º lugar no ranking de adoção do Bitcoin entre os 27 países contemplados pela pesquisa.

A preferência do investidor brasileiro está cada vez mais pulverizada e suscetível às tendências sazonais do mercado global. O Brasil é um dos raros países em que o Ethereum ocupa apenas o terceiro lugar na preferência dos hodlers

Em outubro do ano passado o posto pertencia à Dogecoin (DOGE), com 26,3%, e agora cabe à Solana (SOL), que responde por 23,4% da preferência dos investidores, bastante acima da média global, que é de 15,5%. Proporcionalmente, o Brasil fica em segundo lugar no ranking global de adoção do SOL, atrás apenas da Indonésia

A participação do Ethereum nas carteiras dos investidores brasileiros recuou minimamente nos últimos oito meses, de 21,3% para 20,4%. Por sua vez, o DOGE retrocedeu bastante e no início do ano era o preferido de 17,8%, na quinta colocação, atrás do XRP, com 18,8%.

A Finder entrevistou 2.549 adultos no Brasil e concluiu que o país ocupa a 17ª posição no ranking de países contemplados pela pesquisa em termos de adoção de criptomoedas. Os dados revelam que 14,4% dos adultos brasileiros possuem criptomoedas. 

Esta proporção coloca o Brasil à frente de países como Noruega (13,4%) e Canadá (12,7%) e ligeiramente acima da média global (11,4%).

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