Empresa de consultoria McKinsey diz que setor bancário de varejo está lento na adoção da blockchain
A empresa de consultoria McKinsey & Co. argumentou que a blockchain está ganhando embalo de maneira mais lenta junto aos bancos de varejo.
A empresa de consultoria de gestão do “Big Three”, McKinsey & Company, argumentou que a tecnologia blockchain está ganhando força junto aos bancos de varejo demaneira mais lenta devido a obstáculos regulatórios e a um ambiente de consumo conservador. A notícia foi divulgada pela Bloomberg em 7 de junho.
A McKinsey teria caracterizado os bancos de varejo como nervosos e cautelosos quando se trata da blockchain, diferente de suas contrapartes de investimento mais aventureiras.
Os fatores que contribuem para essa diferença incluem, segundo a McKinsey, um ambiente regulatório mais rigoroso para o financiamento ao consumidor e a controversa reputação de criptomoedas descentralizadas baseadas em blockchain, como o Bitcoin (BTC).
Além disso, o sucesso dos serviços de pagamento disruptores existentes, como Zelle, está aparentemente retardando a adoção de novas soluções baseadas em blockchain, afirmam os autores.
Apesar disso, a McKinsey argumenta que os bancos de varejo poderiam ter ganhos significativos em vários aplicativos – incluindo processamento de pagamentos de remessas, gerenciamento de conformidade Conheça seu Cliente, prevenção de fraudes e avaliação de riscos – se eles adotassem a blockchain.
Em particular, o relatório isola as eficiências de custo como uma promessa fundamental da tecnologia, observando a importância de simplificar as despesas para os bancos de varejo:
“Quase toda a atenção deles, especialmente nos mercados desenvolvidos, está na redução de custos. E onde a redução de custos está à frente e no centro, eles estão preparados para olhar para qualquer pequena oportunidade”.
A empresa de consultoria estima que US$ 4 bilhões poderiam ser economizados anualmente com a adoção de soluções blockchain para pagamentos internacionais, com um adicional de US$ 1 bilhão sendo economizados por ano em custos de entrada para novos clientes. Em relação à fraude, o uso da blockchain poderia reduzir as perdas em até US$ 9 bilhões, afirma o relatório.
Assim, apesar dos avanços mais lentos que a tecnologia fez até agora no setor, a McKinsey observa que seus clientes estão mudando de tom e começando a explorar como implementar a tecnologia em seus negócios – em contraste com seu foco anterior na luta contra os riscos associados à cripto.
O relatório propõe que, para encorajar a adoção, o câmbio entre moedas fiduciárias e ativos digitais deve ser mais suave, de modo a evitar o risco de perdas relacionadas à volatilidade para os consumidores. Ele defende também o estabelecimento de maior clareza na esfera regulatória,
Como publicado anteriormente, um relatório da McKinsey de janeiro deste ano argumentou que ainda há escassa evidência de casos de uso prático e escalável para a blockchain e caracterizou a tecnologia como relativamente instável, cara e complexa.