Estudo aponta que tokens de airdrop despencam em até 15 dias; confira as exceções
Os airdrops de cripto, uma estratégia prevalente desde 2017 para distribuir tokens e estimular o entusiasmo inicial, estão enfrentando cada vez mais desafios. Apesar do entusiasmo inicial, um estudo recente da KeyRock Trading destaca que há uma queda no desempenho dos tokens logo após a listagem.
Além disso, muitos tokens de airdrop não conseguem manter o interesse ou o valor a longo prazo.
Análise do desempenho dos tokens de airdrop
O estudo, que analisou 62 airdrops em seis redes blockchain ao longo de 2024, apresenta um quadro claro da eficácia dessas campanhas. Após 90 dias, 88,7% dos tokens analisados mostraram uma queda no preço, com apenas alguns mostrando resiliência.
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No ecossistema cripto, os airdrops são uma forma de impulsionar o engajamento do protocolo e ampliar a distribuição de tokens. Contudo, a saturação dessas estratégias parece ter diluído seu impacto, levando à diminuição da retenção da comunidade e, às vezes, até ao abandono do protocolo.
“Analisando a ação de preço ao longo de 15, 30 e 90 dias, fica evidente que a maioria dos movimentos de preço ocorre nos primeiros dias após o airdrop. Após três meses, poucos tokens conseguem apresentar um resultado positivo, com apenas alguns contrariando essa tendência,” disse a Keyrock aqui.
Curiosamente, enquanto o desempenho geral dos airdrops apresenta um quadro sombrio, nem todos os resultados foram decepcionantes. Os dados revelaram que os resultados variaram significativamente entre diferentes blockchains.
Por exemplo, Ethereum e Solana se destacaram, com 14,8% e 25% de seus respectivos airdrops mantendo ou aumentando em valor após três meses. Em contraste, outras redes como BNB, Starknet, Arbitrum, Merlin, Blast, Mode e ZkSync não viram airdrops com resultados positivos.
A disparidade no desempenho entre as redes destaca a influência da preferência da rede e das características da base de usuários. A Solana, ganhando popularidade como favorita do varejo e séria concorrente à dominância do Ethereum, mostrou resultados relativamente melhores, possivelmente devido à sua comunidade crescente e engajada.
Airdrops de grande porte tendem a ter bom desempenho
Além disso, o relatório da KeyRock também explorou o papel das estratégias de distribuição de tokens. Ele categorizou os airdrops com base na porcentagem do fornecimento total de tokens distribuídos – pequeno (menos de 5%), médio (mais de 5% mas igual ou inferior a 10%) e grande (mais de 10%). O estudo sugere que o tamanho de um airdrop pode influenciar significativamente tanto a reação inicial do mercado quanto a viabilidade a longo prazo.
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No curto prazo, os airdrops menores tendiam a ter um desempenho melhor, possivelmente devido à menor pressão imediata de venda. No entanto, esses ganhos muitas vezes eram efêmeros, com quedas significativas de preço ocorrendo dentro de três meses. Isso sugere que, enquanto a escassez inicial pode conter vendas imediatas, ela também pode levar a correções de mercado atrasadas à medida que as condições mudam ou os insiders decidem realizar lucros.
Além disso, os airdrops de tamanho médio encontraram um equilíbrio, mostrando uma retenção e desempenho ligeiramente melhores. No entanto, foram os airdrops de grande porte que realmente se destacaram ao longo de períodos mais longos. Essas distribuições extensas pareciam fomentar um senso mais forte de propriedade comunitária, o que poderia ser fundamental para estabilizar as flutuações de preço e sustentar o interesse dos usuários.
“Em última análise, esses dados sugerem que ser menos mesquinho com as distribuições de tokens compensa. Os protocolos que são generosos com seus airdrops tendem a cultivar uma base de usuários mais investida, levando a melhores resultados ao longo do tempo,” concluiu a Keyrock.
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