Maior gestora quantitativa da América Latina, Giant Steps lança fundos de Bitcoin e Ether
Referência de fundos quantitativos no mundo, Giant Steps vai lançar dois fundos de BTC e ETH até o fim de junho.
A maior gestora de fundos quantitativos da América Latina, a Giant Steps, vai lançar fundos de investimento em Ether (ETH) e Bitcoin (BTC), segundo o Valor Investe.
A Giant Steps promete o lançamento dos fundos até o fim de junho nas principais plataformas de investimento do Brasil. A empresa usa estratégia quântica e inteligência artificial para analisar e processar os dados e basear suas decisões de investimentos.
Normalmente, as gestoras baseiam as decisões na avaliação de gestores, balanço de empresas, preços de commodities e a conjuntura econômica de países e setores.
No caso da Giant Steps, um exército de bots quânticos baseados em inteligência artificial são responsáveis por analisar o Big Data e indicar as melhores decisões de investimento. Os principais produtos de investimento da gestora, os multimercados Zarathustra e Sigma, têm rendimentos expressivos com 254% e 242% do CDI, respectivamente.
Agora, a empresa vai usar a tecnologia para os fundos de criptomoedas, inicialmente com as duas maiores criptomoedas: BTC e ETH. Rodrigo Terni, co-presidente da Giant Steps, explicou:
“Tudo o que está na blockchain é possível monitorar. De onde vem o dinheiro, para onde vai, de que tipo de endereço está saindo. Se usar tecnologia para acessar essas informações meio escondidas, é possível tirar conclusões interessantes”
Ele também explica que um dos fundos vai investir em contratos futuros de criptomoedas na CBOE, a Bolsa de Chicago. Segundo ele, a empresa quer atrair o investidor que se interessa pelo Bitcoin mas tem receio dos riscos de custódia de criptoativos:
“Nesse, todo o dinheiro está em títulos do tesouro americano usados para aplicar nos contratos futuros. É como nos contratos de soja, por exemplo, em que você negocia o preço sem ter o produto armazenado. O único perigo é a oscilação das cotações dos criptoativos”
O outro fundo vai investir diretamente nas criptomoedas, com custódia da empresa estadunidense Fidelity, referência no criptomercado:
“A ideia é dar opções ao cotista. Se tem receio sobre custódia, tem o fundo de futuros. E se não tem essa ressalva, tem o fundo com os ativos”
A alocação será entre 60% e 120% em BTC e Ethereum, com possibilidade de alavancagem. A aplicação mínima será de R$ 10.000 com taxas de administração de 2% ao ano e 20% de performance. Terni ressalta o perfil inovador dos novos fundos:
“A grande inovação que a gente traz, além da metodologia quântica, é ter como ‘benchmark’ o próprio Bitcoin. A maioria dos fundos tem colocado como referência o Ibovespa ou até o CDI; na nossa visão, não faz sentido cobrar taxa de performance sobre esse tipo de coisa”
A Giant Steps havia anunciado em março que pretendia lançar um fundo de futuros de BTC, depois de tornar-se investidora da startup cripto Polvo Technologies.
O Brasil estreou seu primeiro ETF de criptomoedas na bolsa de valores em abril, com bom retorno dos investidores: o fundo HASH11, da Hashdex, já figura entre os três mais procurados da B3.
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