Antenas parabólicas e Banda Ku podem atrasar o 5G no Brasil
Implementação do 5G no Brasil pode ser atrasada por impasse envolvendo antenas parabólicas e migração de banda C para banda Ku
Antenas parabólicas podem ser o grande desafio para o Brasil vencer antes de implementar a rede 5G em todo o país de acordo com informações da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) que comprovou que o novo sinal interfere no sianl da TV Aberta enviados por satélites que operam na chamada banda C.
Para resolver o problema, a solução apresentada até o momento, seria a migração completa dos padrões em banda C para a banda Ku, desligando a ‘c’ por completo, no entanto, isso demoraria cerca de 3 anos e envoveria mais de 12 milhões de equipamentos. Até la, o 5G não poderia ser implantado no Brasil por causa da interferência.
Visando propor uma solução para este dilema as operadoras de telefonia querem a instalação de um filtro nas antenas e mudar o LNBF (Low Noise Block FeedHorn), um dispositivo que fica no meio da antena, mas, segundo o IBGE o custo total dessa solução gira em torno de R$ 460 milhões. Já as emissoras de TV sugerem querem a migração para a banda Ku, que é estimada entre R$ 2,9 e 9,6 bilhões, dependendo do tamanho e tipo de migração.
Sem uma solução clara ainda, a Anatel e o CPqD realizarão novos testes para buscar outras alternativas e identificar o ‘tamanho’ da interferência.
O suporte para a rede 5G pode inaugurar uma nova era para a internet e impulsionar aplicações baseadas em blockchain e DLTs que são vistos como espinha dorsal para a Internet das Coisas, IoT.
Devido a sua baixa latência o 5G, “trará a possibilidade de novas aplicações como em carros autônomos”, diz Eduardo Polidoro, Diretor de Negócios de IoT da Embratel. Mesmo fator salientado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) “as redes em 5G estão sendo projetadas para possuírem baixa latência e capacidade para suportarem grande número de conexões simultâneas, com baixo consumo de energia. Por essa razão, têm condições mais propícias para a expansão do uso de dispositivos IoT”.
Esta rede hiperconectada precisará de um ativo de valor que possa circular entre as partes conectadas (máquinas e humanos) atuando como mecanismo de pagamento, neste ponto os desenvolvedores de criptomoedas tem buscado a escalabilidade, para habilitar pagamentos com criptoativos para esta nova ‘internet’.
Soluções de layer 2, como Lightning Network, para o Bitcoin, além de propostas para Ethereum buscam habilitar as principais criptomoedas para o 5G. De olho nesta revolução, foi criada por exemplo, a IOTA e a rede Tangle, que promete ser a ponte para garantir esta ‘segurança’ em uma rede de informações compartilhadas entre diferentes parte e aparelhos, como geladeiras ‘conversando’ com carros, com assistentes virtuais no celular, lampadas e toda uma gama de dispositivos.
Para mostrar aos leitores a diferença entre 3G, 4G e 5G o Cointelegraph elaborou um pequeno guia que pode ser conferido aqui.