‘Rei do Bitcoin’ aplicou golpes em Portugal antes de fundar o Grupo Bitcoin Banco no Brasil, diz revista

Claudio Oliveira, conhecido como Rei do Bitcoin, teria espalhado que era herdeiro de um banqueiro e formado em Engenharia Financeira, em Harvard. Com essa narrativa mentirosa, teria se tornado sócio de vários empreendimentos em Portugal.

O Rei do Bitcoin, Claudio Oliveira, fundador do Bitcoin Banco hoje preso no Brasil, aplicou vários golpes em Portugal, antes de fundar a empresa no Brasil.

Segundo o Portal do Bitcoin, a afirmação teria sido feita por uma publicação da revista portuguesa Visão, que mostraria o passado de Claudio e sua família.

Segundo a reportagem da revista portuguesa, Cláudio era casado com Madalena Domingues e tinha uma filha na época em que chegaram em Portugal.

Eles tinham se mudado da Suíça (onde também teriam praticado crimes) em 2001 e se hospedaram na cidade natal da esposa, na região de Coimbra. 

Claudio Oliveira teria comprado uma casa, mas não teria pago pelo imóvel, montado um escritório e passado a contar histórias fantasiosas sobre sua origem.

Segundo a publicação, ele espalhou que era herdeiro de um banqueiro e formado em Engenharia Financeira, em Harvard. Com essa narrativa fantasiosa, teria se tornado sócio de vários empreendimentos.

Tamanho destaque chamou a atenção da polícia, que o visitou em 2002 com um mandado de prisão do governo da Suíça, onde teria praticado crimes em Lausanne, cidade onde viveu desde os 25 anos de idade.

Segundo a reportagem, autoridades portuguesas também constataram crimes cometidos por Claudio e até hoje haveria um pacto de silêncio sobre o assunto na região de Coimbra.

Em junho de 2005 Claudio teria sido condenado a três anos de prisão por estelionato qualificado, abuso de confiança e falsificação de documentos.

Após cumprir pena em Portugal, ficou preso na Suíça até 2007, quando foi solto e impedido de deixar o país. Conta a reportagem que havia outras acusações contra ele, que foram julgadas. Haveria até hoje um pedido de prisão no país.

Ele teria fugido com documentos falsos, passado por outros países da Europa, Estados Unidos e, por fim, Brasil, onde foi preso em julho deste ano.

Como o Cointelegraph publicou, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, neste mês de novembro, pedido de habeas corpus da defesa de Cláudio José de Oliveira, o “Rei do Bitcoin”.

A decisão do ministro Reynaldo Soares da Fonseca alegou falta de registros de documentos no sistema judiciário, bem como a ausência de premissas sustentáveis que justificassem à concessão de liberdade ao acusado.

O fundador do Grupo Bitcoin Banco foi indiciado pela Polícia Federal em agosto deste ano por crimes de estelionato, crimes falimentares, crimes contra o sistema financeiro nacional e por crimes contra a economia popular, além de associação criminosa e formação de organização criminosa, na condição de líder de uma suposta plataforma de negociação de Bitcoin que teria lesado clientes através de um esquema de “pirâmide” baseado em investimentos em criptomoedas.

O “Rei do Bitcoin” responde também à acusação de desviar e ocultar ativos durante o processo de recuperação judicial, além de sonegar, omitir e prestar informações sabidamente falsas à Justiça.

Conforme noticiou o Cointelegraph, o autointiulado “Rei do Bitcoin” é o principal responsável pelo comando de um esquema de pirâmide financeira estimado em R$ 1,5 bilhão, que teria causado prejuízos a 7.000 clientes do Grupo Bitcoin Banco.

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