Justiça nega redução de pensão alimentícia para investidor de Bitcoin que comprou 24 máquinas para mineração
Mãe utilizou bens relacionados as criptomoedas para comprovar renda de empresário pai da criança
Uma decisão judicial publicada nesta sexta-feira (11) mostra que um investidor de Bitcoin não conseguiu reduzir a pensão alimentícia que paga para a filha. Além de criptomoedas, o empresário possui máquinas de mineração que foram citadas no processo.
Desse modo, o patrimônio relacionado as criptomoedas serviu para presumir a renda que o empresário possui. Com a decisão da Justiça, a pensão não será reduzida, conforme solicitava inicialmente o investidor de criptomoedas.
Assim, de acordo com a mãe da criança de 12 anos que recebe a pensão do empresário, o valor será mantido em R$ 4.000. Em depoimento para a Justiça ela alega que o ex-marido possui quase R$ 100.000 em Bitcoin.
Bitcoin e a redução da pensão
O Bitcoin é citado em um processo judicial que envolve o pagamento de pensão alimentícia para uma criança de 12 anos. Segundo a ação, o pai paga R$ 4.000 para a filha e tenta reduzir este valor para R$ 1.395,87.
Assim, com a redução da pensão para cerca de R$ 1.400, o valor seria ajustado para ⅓ do valor da renda que o empresário recebe mensalmente, segundo defesa apresentada por ele.
No entanto, a mãe da jovem contesta o pedido de redução da pensão alimentícia. Ela apresentou provas de rendimentos do empresário e citou uma quantia em Bitcoin.
Além disso, a autora da ação judicial apresentou outros bens que pertenciam ao casal, como um veículo avaliado em R$ 135.000.
“Os documentos juntados na origem pela autora fazem prova de que o casal amealhou patrimônio substancial, possuindo, à exemplo, 24 máquinas de criptomoedas, investimento em Bitcoin ao que estima a autora equivaler a R$ 96.605,98 e um veículo Fiat Toro avaliado em R$ 135.000,00.
Máquinas de criptomoedas
O empresário que pede a redução da pensão da filha é investidor de criptomoedas e minerador. No processo judicial a mãe da criança cita 24 máquinas para mineração como parte do patrimônio do réu.
Sendo assim, os equipamentos foram utilizados também como justificativa para a decisão sobre o caso. Com a manutenção do valor da pensão, o investidor de Bitcoin deverá continuar pagando R$ 4.000.
Como defesa, ele alega que recebe apenas cerca de R$ 4.000 de rendimentos mensais, através de uma empresa de prestação de serviços. No total, essa empresa possui um rendimento de R$ 10.000, mas este valor é dividido com a mãe da criança.
“Percebe rendimentos mensais de R$ 10.000,00 da empresa, cujo contrato de mútuo tem vigência até 2025, e não dispõe de outras fontes de renda. Metade dos rendimentos da empresa pertencem à ex-companheira.”
Com a decisão judicial em desfavor ao investidor de Bitcoin, o valor da pensão alimentícia será mantido em R$ 4.000. Uma quantia de quase R$ 100.000 em criptomoedas serviu como demonstração de bens em nome do réu, no processo que tentava revisar o um pedido de pensão alimentícia.
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