Justiça Federal decreta prisão de mais 6 pessoas em caso da Unick Forex, suposta pirâmide de Bitcoin
Em decisão recente a Justiça Federal decretou a prisão preventiva de mais 6 pessoas supostamente envolvidas com a Unick Forex, suposta pirâmide de Bitcoin
A Justiça Federal decretou a prisão preventiva de mais seis pessoas, suspeitas de participarem das atividades da Unick Forex, empresa que é acusada de diversos crimes, entre eles, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e crimes contra a economia popular (pirâmide financeira), a ordem judicial foi expedida na noite de 25 de outubro.,
Caso os mandados sejam executados serão 15 pessoas presas supostamente ligadas a Unick Forex, entre elas, o presidente da empresa Leidimar Lopes. Fernando Marques Lusvarghi, que também seria o responsável pela S.A Capital, que se dizia ‘garantidora’ dos investimentos da Unick, ainda está foragido.
Segundo a Polícia Federal, as atividades da Unick Forex, que eram realizadas fora do país também estão sendo investigadas e o foco principal seria o escritório da empresa em Belize, paraíso fiscal na América Latina
“Essa empresa e todo esse conglomerado que a gente chama de ‘Esquema Unick’ é muito maior. A captação deles é, no mínimo, de R$ 2,4 bilhões. A pulverização, eles falam de um milhão de clientes, a carteira, e de 740 mil ativos”, contou o delegado Aldronei Pacheco Rodrigues.
A Unick Forex capitava clientes prometendo lucros de até 400% por mês, com supostas operações no mercado Forex, proibido no Brasil pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio de aplicações em Bitcoin.
A empresa já operava há mais de 2 anos e afirmava ter mais de 1 milhão de clientes, contudo, desde o primeiro semestre do ano, passou a atrasar os pagamentos dos clientes gerando mais de 13 mil reclamações no portal Reclame Aqui.
Após diversos alertas feitos pela CVM, investigações do Ministério Público, da Polícia Civil e da Polícia Federal foi desencadeada a operação Lamanai, que reuniu cerca de 200 agentes da PF para o cumprimento de 63 mandados judiciais contra a empresa. Mandados que culminaram com a prisão de oito supostos líderes da empresa, além da apreensão de bens e imóveis.
Enquanto isso, clientes que acreditaram nas promessas da empresa permanecem sem acesso aos seus investimentos e, com as ações da PF, buscam orientações judiciais de como devem proceder para reaver seus valores.
Como noticiou o Cointelegraph, a Polícia Federal revelou ter apreendido cerca de R$ 200 milhões em contas bancárias relacionadas a Unick Forex. Além do dinheiro foi apreendido, 4 carros de luxo, totalizando mais de R$ 5 milhões em valores da tabela da Fipe; Duas BMW X6, avaliadas em R$ 390 mil; Um Porsche Panamera, de R$ 400 mil; Uma Range Rover Velar, avaliada em mais de R$ 400 mil; 1550 Bitcoins; Bloqueio judicial de 9 imóveis (valor não divulgado); R$ 747 mil reais em dinheiro; R$ 85 mil reais em moedas estrangeiras e diversas joias, que estão passando por perícias para identificar autenticidade.
Em nota a Unick declarou, “agradecemos as manifestações de apoio que estão ocorrendo nas mídias sociais. E continuamos acreditando na Justiça e colaborando para que os fatos sejam esclarecidos o mais breve possível”.
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