Justiça prorroga prisão de diretores da Unick Forex investigados por pirâmide financeira

À pedido da Polícia Federal, a Justiça prorrogou por mais cinco dias as prisões temporárias de nove presos no caso Unick Forex. Leidimar Lopes, Danter Silva e o foragido Fernando Lusvarghi são suspeitos de coordenar um esquema de pirâmide financeira que lesou milhares de pessoas.

Segundo o Gaúcha ZH, a decisão, tomada na noite da segunda-feira (21), tem como objetivo ganhar mais tempo para que todos os investigados possam ser ouvidos — cinco dos dez suspeitos já foram interrogados na sexta-feira (18).

Desta forma, só Lusvarghi, advogado e diretor jurídico da Unick que ainda não foi localizado, vai ficar de fora da averiguação, já que o interrogatório com os demais estava agendado para acontecer na terça (22).

Provas contra Unick

Enquanto a Justiça ouve os suspeitos, os agentes analisam documentos e mídias, além de informações de emails e celulares apreendidos durante ação da polícia.

Um relatório sobre as contas bancária dos suspeitos que está sendo feito pelo Banco Central também é aguardado pelos investigadores.

A operação Lamanai ocorreu no dia 17 de outubro nas cidades de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Caxias do Sul, Curitiba, Brasília, Palmas e Bragança Paulista.

Do grupo, foram apreendidos 1500 bitcoins e milhões de reais. Carros e imóveis também entraram na conta, depois da execução de 65 ordens de busca e apreensão.

Como funcionava a Unick Forex

A Unick Forex prometia rendimento de 100% em apenas seis meses de investimento, ou retornos de até 1,5% ao dia.

A empresa sofreu então seu primeiro revés, uma deliberação da CVM que a proibiu de ofertar investimentos no Brasil.  No entanto, a Unick e seus associados continuaram a operar normalmente, mudando um pouco o foco do negócio despistar as autoridades e continuar a captar clientes.

Com a troca de nome de Unick Forex para Unick Academy, a empresa começou a focar numa espécie de venda de pacotes educativos, que não passava de fachada para que o esquema de pirâmide financeira continuasse.

Os investidores, por sua vez, começaram a ter problemas em junho deste ano, quando os saques começaram a atrasar. Com novas desculpas a cada semana e informações desencontradas, a Unick tentava ganhar tempo e enrolar os clientes.

Nos meses seguintes, a empresa acumulou milhares de reclamações no Reclame aqui além de dezenas de processos por todo o Brasil.

Para amenizar os problemas, a Unick contratou o escritório Nelson Wilians & Advogados Associados para propor acordo com os clientes. O acordo, no entanto, propôs restituição de apenas 20% do investido.

Os responsáveis pela empresa, Leidimar Lopes e Danter Silva, já são velhos conhecidos no mercado brasileiro.

Leidimar foi fundador da Phoner, uma outra pirâmide financeira que deixou milhares de investidores na mão.

Danter também teve um passado similar, onde consta como réu em um processo acusado de captar clientes para D9 Clube de empreendedores. O negócio rendeu cerca de R$ 200 milhões a Danilo Santana e seu seguidores.


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