Justiça bloqueia carros de luxo de empresa do criador do Bitcoin Banco

Um Porsche, duas Maserati, uma BMW, uma Mercedes Benz. Estes foram alguns dos 11 carros que a Justiça do Espírito Santo bloqueou de uma empresa criada em dezembro de 2018 por Cláudio Oliveira, fundador do Bitcoin Banco.

A decisão expedida pelo juiz Carlos Magno na semana passada incluiu uma série de empresas recém descobertas e que não haviam sido citadas no processo inicial. Uma delas é a Climb, onde foram encontrados os veículos, criada em sociedade com Lucinara, a esposa de Cláudio.

Outras duas empresas, ambas com o casal como sócio, também foram encontradas e incluídas. A Advanced, cuja atividade principal é consultoria em gestão, data de 31 de janeiro deste ano. A outra é a OSK Global, fundada no dia 14 de maio — três dias antes dos saques começarem a travar nas exchanges ligadas ao Bitcoin Banco (NegocieCoins, Tem BTC e BAT).

Do bloqueio recente, a única empresa que não pertence ao casal é a J.A. Schier Consultoria Empresarial, a qual tem como sócios José Wenceslau Schier e Thereza Regina Gubert Schier.

Bloqueio dos sócios do Bitcoin Banco

No mesmo processo, proposto pelo advogado Leonardo Schuler, o juiz concedeu o bloqueio das contas individuais de 11 pessoas ligadas às diversas empresas do grupo, entre elas Heloisa Ceni, vice-presidente do Bitcoin Banco; o diretor-jurídico e advogado, Ismair Couto; o próprio Cláudio Oliveira e sua esposa, Lucinara.

Antes disso, o juiz da 4ª Vara Cível de Vila Velha (ES) havia determinado que fosse efetuado o bloqueio das contas das empresas do grupo Bitcoin Banco no valor de R$ 6.475.931,03.

Nessa decisão, o juiz afirma:

“Intimem-se as partes que possuam Advogados constituídos
nos autos para tomarem ciência das restrições e bloqueios ora realizados por
meios dos sistemas judiciais, podendo requerer o que entenderem de direito”.

Conexão capixaba

O processo 0014069-69.2019.8.08.0035, que tramita na 4ª Vara Cível de Vila Velha (ES), foi movido por doze pessoas, que estão com os pedidos de saques travados.

Eles afirmaram na inicial que mesmo depois de “mais de vinte dias e após diversas promessas não cumpridas” as suas contas continuavam inacessíveis bem como os seus respectivos ‘Bitcoins’.

O Bitcoin Banco, em contrapartida, afirmou que as suas empresas teriam “sido vítimas de furto eletrônico mediante fraude perpetrado por terceiros”, os quais teriam se valido da vulnerabilidade do sistema e efetuado saques em contas no patamar aproximado de R$ 50 milhões.

A situação do grupo Bitcoin Banco

No mês passado, a empresa chegou a propor alternativas de pagamentos que podem levar até 180 dias. Contudo, as opções dispostas no acordo envolvem apenas Bitcoin e a BR2EX, criptomoeda criada pela empresa.

Desde pelo menos o dia 17 de maio, as exchanges do Bitcoin Banco estão com os pagamentos praticamente travados.

Muitos dos clientes, insatisfeitos com os saques travados, resolveram apelar ao Judiciário. Em um dos casos, a Justiça mandou bloquear quase R$ 6 milhões das principais empresas do grupo. Contudo, as contas estavam vazias. O valor bloqueado foi de R$ 130 mil, sendo R$ 122 mil na BAT.

*Colaborou Alexandre Antunes

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