JPMorgan mira no blockchain para emitir seus próprios tokens

Um dos maiores bancos de investimento do mundo, o JPMorgan Chase, solicitou uma patente que utiliza a tecnologia blockchain para emitir recibos de depósito virtual. Para alguns críticos, o projeto soa suspeitosamente como tokens de uma Oferta Inicial de Moedas (ICO).

(Foto: Pixabay/QuinceMedia)

O pedido de patente, requerido pela JPMorgan em janeiro e publicado pelo Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos (USPTO) nesta quinta-feira, descreve um método no qual um usuário em uma rede distribuída, como uma blockchain, pode transformar ativos em tokens e comercializa-los através de recibos virtuais.

Esses recibos de depósito virtual seriam essencialmente um token de segurança, estando sob o regimento da autoridade da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos EUA – ou de outro regulador local.

Dependendo da natureza do ativo, ainda seria permitido que o portador do token resgatasse o recebimento do ativo subjacente, transferindo-o para o custodiador, que então cancelaria os tokens.

Contradições

Curiosamente, o JPMorgan defende que um caso de uso para esse sistema é permitir que as empresas realizem Ofertas Públicas Iniciais (IPO) em um ambiente de blockahin.

Se o projeto for observado com atenção, ele se mostra muito semelhante a ideia de uma Oferta Inicial de Moeda, embora seja pouco provável que o banco reconheça esse fato e se refira a tais eventos como ICOs.

Isso porque são notórias as manifestações públicas da instituição financeira, geralmente hostis, em relação as criptomoedas – com pronunciamentos recorrentes do CEO Jamie Dimon se referindo ao Bitcoin como uma fraude.

Mas apesar das desconfianças, a empresa vem sendo, durante anos, líder no desenvolvimento de aplicações de blockchain no setor coorporativo.

A patente também pontua que os tokens podem ser utilizados para representar recibos virtuais garantidos por obrigação, mais conhecido como debt equity.

De acordo com Christine Moy, líder do programa de blockchain do JPMorgan, o objetivo “é identificar como a tecnologia blockchain pode criar valor, eficiência e melhores experiências os nosso clientes em toda a cadeia de valor dos mercados financeiros”. Acrescentando que:

“Estamos ansiosos para explorar os aplicativos de mercados de capital habilitados para blockchain, [analisando] como esse tipo de oportunidade transformadora pode beneficiar nossos clientes e demais parceiros”.

Fonte: CCN

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