Japão estuda alternativas para barrar envio de criptomoedas à Rússia
Financial Services Agency e a Japan Virtual and Crypto Assets Exchange Association querem bloquear transferências de criptoativos envolvendo pessoas e entidades na lista de sanções ao país
A Financial Services Agency (Agência de Serviços Financeiros – FSA), órgão regulador do governo japonês que abrange o mercado de criptomoedas, e a Japan Virtual Currency Exchange Association (JVCEA), associação de câmbio de moeda virtual do Japão, entidade reconhecida pelo governo, avaliam possíveis alternativas para bloquear transferências de criptomoedas envolvendo entidades e pessoas da Rússia que estiverem na lista de sanções ao país.
A informação teria sido vazada à Bloomberg por um funcionário de uma das entidades, que pediu para não ser identificado, segundo noticiou The Japan Times nesta sexta-feira (4). A fonte teria revelado ainda que as discussões iniciais não envolvem nenhuma proposta de bloqueio a todos os clientes russos.
Segundo a publicação, os principais reguladores do Japão não querem que os criptoativos se transformem em uma brecha conveniente para a Rússia no sentido de contornar as restrições utilizando as finanças tradicionais.
Estamos acompanhando de perto as situações de acordos como criptoativos e SPFS para garantir a eficácia das sanções contra a Rússia, disse o ministro das Finanças, Shunichi Suzuki, ao parlamento na sexta-feira, referindo-se ao sistema de mensagens financeiras russo (SPFS).
De acordo com The Japan Times, os funcionários da JVCEA não puderam comentar sobre o assunto. Mas o jornal repercutiu outra informação veiculada na imprensa japonesa sobre um eventual bloqueio de criptmoedas à Rússia. No caso, uma publicação do jornal Nikkei revelando que a “JVCEA começou a considerar medidas, incluindo a suspensão de transações com a Rússia.”
Por outro lado, números recentes indicam que o volume de criptomoedas nas principais exchanges caíram 50% na Rússia, apesar das sanções econômicas impostas ao país desde a invasão à Ucrânia.
Os dados levantados pela plataforma de análise Chainalysis contrariam as explicações de alguns especialistas que atribuíram um possível aumento de compra de criptmoedas pelos russos diante das crescentes sanções econômicas como possível explicação para a valorização de 15% do Bitcoin (BTC), conforme noticiou o Cointelegraph.
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