‘Não faz mais sentido não ter um pouco do seu dinheiro guardado em Bitcoin’, diz CEO da BitcoinTrade

“Cada vez mais as pessoas irão se acostumar com a ideia de que existe uma moeda digital, que não é emitida por Governo nenhum e que é 100% descentralizada.”, diz CEO da BitcoinTrade

Para Bernardo Teixeira, CEO da BitcoinTrade, embora seja impossível prever o futuro e como as pessoas se relacionaram em sociedade com o tempo que esta por vir, uma das certezas que podemos ter é que o Bitcoin e as criptomoedas viram para ficar e ajudarão a redefinir os novos tempos.

Desta forma, Teixeira pontua que não faz sentido investidores nacionais não terem exposição aos criptoativos, mesmo que seja uma pequena parte de seu capital.

“Cada vez mais as pessoas irão se acostumar com a ideia de que existe uma moeda digital, que não é emitida por Governo nenhum e que é 100% descentralizada. Seja por amor à tecnologia, seja por necessidade técnica ou por uma oportunidade de investimento, não faz mais sentido não ter um pouco do seu dinheiro guardado em Bitcoin”, destaca.

Para justificar sua opinião Teixeira cita os avanços da tecnologia que, ao longo dos anos, foram substituindo formas e modos, sendo que cada ‘revolução’ acabou marcando um período para depois ser superada por outro avanço que a tornou obsoleta.

“Discos de vinil, Fitas K7, CDs. Disquetes, DVDs, Blu Ray, Fita VHS, filme de câmera fotográfica, locadora de filmes. Tudo isso foi substituído pelo Spotify, Netflix e cia. Um smartphone básico de hoje tem 10, 100, 1.000x mais capacidade, memória e recursos do que equipamentos caríssimos e específicos de algumas décadas atrás”, disse.

O futuro do dinheiro

Assim, segundo ele, o dinheiro segue na mesma linha e já que na medida em que as civilizações foram aumentando de tamanho e de complexidade as formas de operação financeira e de concretização das trocas comerciais também precisou ser mudada e a civilização então criou as moedas como meio referência e valor para as operações.

“Nasceram daí as primeiras moedas, feitas de metais preciosos. Ouro, prata, cobre. O valor que elas tinham estava diretamente ligado à escassez, pois não era simples achar esses metais na natureza. Então, para vender um terreno, em vez de trocar por 200 bois, a troca era feita por duas mil moedas de ouro, por exemplo”, afirma.

No entanto, o sistema baseado nas moedas de metal também passou a não atender mais os anseios de uma sociedade em transformação e cada vez mais complexa, então, desta nova demanda nasceu o papel moeda.

“Mas, novamente, chegou um ponto onde esse sistema deixou de ser prático. Como transportar quilos e mais quilos de ouro? E como proteger esse montante inteiro? Daí surgiram os primeiros bancos e com eles, o papel moeda. O banco nada mais era do que alguém que se responsabilizava pela custódia desses metais (ouro, prata) e em troca, emitia títulos/cartas que tinham o valor equivalente, possibilitando assim viajar agora com alguns papéis no bolso, as notas e não mais com quilos de moedas”.

Porém o papel-moeda também sofreu transformaçõe para atender os novos modelos de negócios e a transformação da sociedade.

Desta forma, o executivo pontua que naceram os cheques, o cartão de crédito, os pagamentos por aproximação, entre ouros.

“O Bitcoin é o próximo passo. E mais importante: ele não é apenas uma nova “versão” do dinheiro. O Bitcoin é uma revolução financeira. Pela primeira vez, uma pessoa não precisa de bancos para enviar dinheiro para um amigo, esteja ele na esquina ou do outro lado do mundo. Pela primeira vez, os Governos e Bancos Centrais não detém o poder na emissão de uma moeda”, afirma.

Impressão de dinheiro prejudica economia

O CEO da BitcoinTrade destaca ainda que a impressão desenfreada de dinheiro pelas nações está gerando inflação e, com isso, a população acaba sendo prejudicada pois o dinheiro perde seu valor de compra.

“É por isso que o Bitcoin se difere das moedas fiduciárias. Sua emissão é 100% previsível, programada e reduzida com o passar do tempo. Hoje são criados, aproximadamente, 6 Bitcoins a cada dez minutos. Daqui a 3 anos, serão 3. Em 10 anos, menos de 1 e assim por diante. Isso torna o Bitcoin uma moeda deflacionária, que sempre tende a valer mais por conta da lei de oferta e demanda”, destaca.

Teixeira finaliza dizendo que assim como os meios de troca foram se transformando ao longo dos anos a criação do Bitcoin marca o começo da digitalização da economia, contudo, embora seja impossível prever o futuro é impossível pensar nele sem os criptoativos.

“É impossível prever o futuro e para onde as coisas vão evoluir. Como serão os carros daqui a 50 anos? Teremos humanos vivendo em Marte até o final do século? A China passará os EUA como país dominante na economia nos próximos 20 anos? Ninguém sabe. Mas uma coisa é certa: o Bitcoin e as moedas digitais vieram para ficar. Isso não quer dizer que eles seguirão se valorizando eternamente”, finaliza.

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