Segurança das exchanges de criptomoeda está longe de ser infalível? Vamos analisar
As exchanges de criptomoedas melhoraram sua segurança, embora ainda estejam propensas a ataques de hackers. Como os traders podem lidar com essas ameaças?
Os investidores de criptomoeda passaram a confiar nas exchanges porque fornecem liquidez, uma ampla gama de pares de negociação e conveniência. Dados os grandes benefícios oferecidos pelas pelas plataformas, as transações diretas, ponto a ponto, ainda são menos populares, especialmente entre os traders.
Ao longo dos anos, as exchanges de criptomoedas não apenas converteram criptos, mas também se tornaram custodiantes e até credores, oferecendo fundos para negociação de margem. Negociar nessas plataformas tornou-se conveniente, mas e sua segurança? Muitos traders confiam seus fundos a exchanges de criptomoeda, que usam carteiras quentes e frias. No entanto, a ameaça de ataques de hackers sempre foi relevante, mesmo nas plataformas mais conceituadas.
Os ataques de hackers não desaparecem
Ironicamente, o prefixo do termo “criptomoeda” teve como objetivo mostrar o quão seguras as transações e operações devem ser. A origem de “criptomoeda” é da palavra grega “kruptos”, que significa oculto ou secreto. De fato, uma “criptomoeda” nada mais é do que uma moeda digital construída em um sistema criptográfico. Então, como é que ouvimos constantemente sobre exchanges sendo hackeadas com sucesso?
Bem, a maioria das criptomoedas é realmente segura, uma vez que confiam na tecnologia de contabilidade distribuída – um termo abrangente que compreende blockchain. No entanto, manter chaves privadas é mais desafiador, pois as carteiras digitais – quentes ou frias – vão além do horizonte de uma blockchain.
Grandes exchanges de criptomoeda são atacadas por hackers constantemente. Exchanges como Binance, Bithumb e Coincheck foram invadidas, com sucesso, nos últimos dois anos.
No final de novembro de 2019, a exchange sul-coreana Upbit, informou que havia perdido 342.000 Ether em um hack, que valia US$ 49 milhões na época. A empresa foi forçada a suspender todas as operações por cerca de duas semanas. A “retirada irregular” aconteceu quando a Upbit estava movendo todos os fundos de criptomoeda de carteiras quentes para frias, por razões de segurança.
No acumulado do ano, o volume total de fraudes e roubos relacionados a criptomoeda resultou em perdas no valor de US$ 4,4 bilhões, de acordo com o relatório da CipherTrace para o terceiro trimestre de 2019.
Os tipos mais comuns de ataques em exchanges incluem o uso de engenharia social, ataques DDoS e a injeção de código malicioso por meio de malware. Além desses métodos de hackers, alguns ataques podem resultar de um trabalho interno.
O esquema de engenharia social mais popular é o phishing. Os detentores de criptomoeda são levados a acreditar que estão lidando com um serviço de criptomoeda genuíno, enquanto na verdade estão entregando seus dados pessoais e chaves privadas a hackers. É por isso que é importante garantir que você esteja negociando com uma exchange real, e não com seus clones.
Os ataques DDoS são tentativas maliciosas de atacar o servidor ou a rede de uma exchange, direcionando uma inundação esmagadora de tráfego da Internet.
Uma exchange impenetrável para hackers pode ser construída?
A segurança de grandes exchanges evoluiu a tal ponto que existem muito poucos pontos de falhas – mas eles ainda existem. Nesse momento, nenhuma exchange que armazena fundos de clientes pode afirmar que é inatacável.
Ainda assim, existem exchanges que podem se gabar de seu sucesso em vencer ataques de hackers desde a sua fundação. O melhor exemplo disso é a HitBTC, que foi criada em 2013. Notavelmente, é uma das mais antigas exchanges de criptomoeda do mercado, o que torna sua história ainda mais relevante. A plataforma aplica tecnologia avançada de criptografia, depende de armazenamento a frio e incentiva os usuários a habilitar a autenticação de dois fatores e as retiradas apenas da lista de permissões. Essas medidas ajudam a HitBTC a garantir um alto grau de segurança.
A HitBTC conseguiu atrair muitos traders, tornando-se uma das maiores exchanges de negociação à vista – com mais de 800 pares de negociação e mais de 500 ativos digitais.
Em um artigo sobre golpes de engenharia social, a HitBTC explicou:
“Existem centenas, senão milhares de golpistas por aí tentando convencer nossos funcionários a roubar fundos de nossos traders.”
Assim, todas as exchanges são expostas a possíveis ataques de hackers – não há como evitá-los. No entanto, alguns serviços afirmam que não têm um ponto único de falha, pois não possuem fundos de criptomoeda dos clientes. Essas são as exchanges descentralizadas. Se elas residem em uma rede blockchain segura, é mais provável que nunca sejam invadidas.
Em suma, a segurança da maioria das exchanges de criptomoedas está longe de ser infalível, pois o mercado de criptomoedas ainda está lutando contra ameaças regulares de hackers. No entanto, isso também se aplica a qualquer outro mercado, pois muitos governos, bancos e empresas também são alvo de hackers.
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