Uma altseason está no horizonte? Dados sugerem que as altcoins ainda podem comandar um grande rali
Depois do ETH anotar sua máxima contra o Bitcoin, dados de rede dão pistas de que uma altseason pode trazer mais lucros para as altcoins, mesmo com queda geral do mercado nos últimos dias.
Na semana passada, discutimos como as plataformas de contratos inteligentes, como Ethereum (ETH), têm superado o Bitcoin (BTC). Como essa tendência continua e ETH atinge altas anuais vs BTC, discutimos sinais de uma potencial altseason e discutimos se este termo ainda é preciso à medida que os setores dentro da criptoeconomia se tornam mais consistentes. Afinal, o setor de Finanças Descentralizadas (DeFi) está justamente mostrando que tem mais fôlego e oportunidades de negócios e retornos que o Bitcoin propriamente.
Há anos, os investidores e traders anseiam pelas chamadas altseasons, em que as altcoins tipicamente menores registram uma temporada de retornos de dois a três dígitos em questão de semanas. Embora o mercado global de criptos esteja atualmente em uma ordem de magnitude superior, mesmo com a correção do fim de semana, existem sinais potenciais que refletem as temporadas anteriores.
Ruptura entre o par ETH/BTC
O preço do Ether no par contra o Bitcoin atingiu na última semana a maior alta em 42 meses. Nas últimas duas vezes que isso aconteceu, o ETH estabeleceu novas máximas anuais (em janeiro e abril deste ano), seguida por períodos de alto crescimento para o segundo criptoativo também e altcoins de menor capitalização.
Se o par ETH/BTC se mantiver acima de 0,08, isso pode apontar para um maior apetite ao risco. O que pode também significar um espraiamento para as demais altcoins.
Os dados históricos também sugerem que a sazonalidade mensal favorece as moedas alternativas em dezembro.
Fonte: IntoTheBlock
Mês de alta
Dezembro tem historicamente retornos médios de 38% para criptoativos, com exceção do Bitcoin. O mercado altista de 2017 atingiu seu pico no início de janeiro de 2018, depois de quase triplicar as moedas alternativas em dezembro. Muitos no mercado podem estar esperando uma alta devido a este precedente histórico, embora tenha crescido 30% já no quarto trimestre, isso já pode estar precificado no contexto geral.
Fonte: ITB
A acumulação contínua
A magnitude do Bitcoin e do Ether deixando as exchanges centralizadas é reflexo das expectativas positivas para o final do ano.
Quase US$ 10 bilhões em Bitcoin deixaram as exchanges centralizadas no quarto trimestre. Destas saídas, um montante de US$ 5,6 bilhões líquidos de Ether foram retirados, representando 1,05% de sua capitalização de mercado, em comparação com 0,88% do Bitcoin saindo das bolsas.
Diferentes setores dentro da criptoesfera estabeleceram suas próprias tendências em todo o mercado de alta do passado, levando a correlações mais baixas em intervalos de tempo mais longos.
Isso se tornou aparente com tokens DeFi no verão de 2020, depois com NFTs no verão (no hemisfério norte) de 2021 e, mais recentemente, com tokens relacionados ao metaverso.
Em última análise, isso pode significar que, se uma altseason vier, poderá beneficiar certos setores mais do que outros.
Uma advertência final é que os temores sobre a variante Omicron e o ambiente macro mais amplo podem arruinar as esperanças para os criptomercados no final do ano, no caso de potencial pânico do mercado.
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