Irã planeja criptomoeda para enfrentar a ‘hegemonia econômica’ dos EUA
O presidente do Irã propõe a criação de uma criptomoeda muçulmana como uma das medidas para enfrentar o domínio econômico dos Estados Unidos.
O presidente do Irã propôs criar uma criptomoeda muçulmana como um dos vários meios para enfrentar o domínio econômico dos Estados Unidos.
Falando em uma conferência islâmica na Malásia em 19 de dezembro, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, chamou as nações muçulmanas para fortalecer a cooperação financeira e comercial e reduzir sua dependência do dólar americano, de acordo com um relatório da Associated Press (AP).
Nova criptomoeda muçulmana vai enfrentar “hegemonia econômica” dos EUA
Como Rouhani argumentou, as sanções econômicas dos EUA são as “principais ferramentas de hegemonia dominante” de outras nações. Rouhani propôs o estabelecimento de um sistema bancário e financeiro especial entre as nações muçulmanas, que usam moedas locais para o comércio. Notícias locais confirmam que Rouhani propôs a criação de uma criptomoeda como parte do esforço.
Conforme relatado pela AP, Rouhani disse:
“O mundo muçulmano deveria estar planejando medidas para se salvar da dominação do dólar dos Estados Unidos e do regime financeiro americano.”
Malásia apóia a idéia do presidente iraniano de criar uma alternativa ao dólar americano
A conferência também contou com a presença de líderes dos principais países muçulmanos, incluindo Turquia, Catar e Malásia, enquanto a Arábia Saudita e o Paquistão se retiraram da conferência.
A idéia do presidente iraniano teria recebido apoio apenas da Malásia até o momento, quando o primeiro-ministro do país, Mahathir Mohamad, endossou a iniciativa, conforme publicado pela agência local Free Malaysia Today, além disso, observou-se que esta foi a primeira vez que o Irã e a Turquia estão considerando a oportunidade de criar uma alternativa ao dólar americano. Ele disse:
“Podemos usar nossas próprias moedas ou ter uma moeda comum.”
Enquanto isso, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, aparentemente criticou a Organização de Cooperação Islâmica, argumentando que a plataforma que conecta o mundo muçulmano demonstrou uma “falta de implementação”. Erdogan também destacou que os países muçulmanos precisavam se concentrar no financiamento islâmico, sugerindo o estabelecimento de um grupo de trabalho especial.
Outros países que tentam contornar as sanções dos EUA com criptomoeda
Várias países estão considerando a criação de uma criptomoeda para evitar sanções dos EUA. Conforme relatado pelo Cointelegraph no final de setembro, as autoridades da Coréia do Norte anunciaram sua intenção de emitir uma moeda digital, com especialistas acreditando que a iniciativa visa ajudar o país a contornar as sanções dos EUA.
Enquanto isso, a Venezuela é aparentemente um dos exemplos mais populares de países que tentam contornar as sanções dos EUA usando sua própria criptomoeda. Lançado em fevereiro de 2018, o Petro se tornou a primeira criptomoeda nacional lastreada em petróleo do mundo.