Investidor que aplicou R$ 1 mil na poupança tem hoje R$ 1.013 se tivesse comprado Bitcoin teria R$ 2.732

Levantamento do Cointelegraph mostra que aplicação na poupança ao invés de lucro tem dado prejuízo para investidores enquanto Bitcoin tem sido lucrativo em todos os cenários

A poupança é um dos investimentos mais preferidos do brasileiro tendo registrado recentemente um recorde histórico de mais de R$ 1 trilhão em investimentos.

Contudo, embora seja uma das aplicações mais populares do país ela é uma das menos rentáveis e, por vezes, deficitária.

De acordo com uma pesquisa da CNDL, sete em cada dez pessoas guardam dinheiro na caderneta de poupança, porém o rendimento dela tende a não ser como esperado.

Diante da decisão do Copom de diminuir a Selic para 2,25%, a poupança adotou uma nova regra, agora ela rende 70% da taxa Selic enquanto ela estiver abaixo de 8,5% ao ano.

Assim, quando a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a poupança irá render 0,5% ao mês + TR, assim como era antes da nova regra.

Porém, este ano, com o rendimento atualizado da modalidade, ela passa a ser de 1,575% ao ano.

O que significa que, caso o investimento seja de R$ 1 mil, o retorno em 12 meses será de R$ 15,75 em todo o período.

Colocou na poupança? Então perdeu dinheiro

Assim, um investidor que aplicou R$ 1 mil na poupança em 01 de janeiro deste ano tem hoje, 31 de outubro, cerca de R$ 1.013,08.

Porém se este mesmo investidor tivesse aplicado em Bitcoin ele teria hoje 0,034248 Bitcoins ou R$ 2.732,10, uma valorização de 273%.

Além disso, embora em um primeiro momento é possível dizer que a poupança “deu lucro” quando a rentabilidade é colocada de frente com a inflação percebemos que o investidor teve prejuízo.

No caso da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (Brasil) – IPC-BR o suposto ‘lucro’ de R$ 13 vira um prejuízo de R$ 11.

Isso porque no período os R$ 1 mil tiveram uma depreciação de R$ 24 com a inflação e, como a poupança rendeu no período R$ 13, isso indica que quem está com o dinheiro na poupança está perdendo dinheiro.

Inflação

O Cointelegraph realizou uma comparação entre o Bitcoin e a Poupança frente estes índices usados para medir a inflação no período e o resultado apresenta o BTC em ampla vantagem como rentabilidade frente a poupança.

Os índices utilizados foram o: Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR), Índice de Custo de Vida (ICV), Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), Índice de Preços ao Consumidor São Paulo (IPC-Fipe), Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o Índice de Preços por Atacado – Mercado (IPAM).

Em todos os índices o Bitcoin, mesmo com a inflação, apresentou rentabilidade acima de 100%, enquanto o melhor resultado da poupança foi um ‘lucro’ de R$ 5,47. Confira

Aplicação inicial de R$ 1 mil Indíces de inflação
Investimento Rentabilidade IPC-Br ICV (custo de Vida IPCA-E IPC-Fipe IPCA INPC IPA-M
  1.024,18 R$ 1.007,61 R$ 1013,63 R$ 1.025,20 R$ 1.013,44 R$ 1.020,44 R$ 1.251,39
Poupança R$ 1.013,08 – R$ 11,10 R$ 5,47 – R$ 0,55 – R$ 12,12 – R$ 0,36 – R$ 7,36 – R$ 238,31
Bitcoin R$ 2.732,10 R$ 1.707,92 R$ 1.724,49 R$ 1.718,47 R$ 1.706,90 R$ 1.718,66 R$ 1.711,66 R$ 1.480,71


Stablecoin

Porém alguns especialistas no mercado de criptoativos defendem que o Bitcoin pode não ser o melhor ativo para ‘substituir’ a poupança.

Este é o caso de Mariano Di Pietrantonio, gerente de marketing para América Latina da Maker Foundation.

Para Pietrantonio stablecoins atreladas ao dólar americano possuem grande liquidez e comercialização global, assim, garantem que o investidor possa utilizar seu dinheiro em qualquer lugar do mundo.

“Como o nome indica, stablecoins são criptomoedas atreladas a um ativo estável, como o dólar americano. Mas, como são criadas em blockchains que rastreiam seu suprimento e movimento, elas mantêm as vantagens das criptomoedas: digital, global, facilmente transferível e descentralizado”, afirma Mariano Di Pietrantonio, gerente de marketing para América Latina da Maker Foundation.

Já Nadia Alvarez, também da Maker, afirma que as stablecoins ajudam a ‘fugir’ da volatilidade do Bitcoin.

“Diferentemente do bitcoin, cujo valor oscila com a oferta e demanda, gerando grandes variações, o Dai está sempre pareado ao dólar. Ou seja, se você compra em real, pagará o valor correspondente ao dólar no Brasil. Além disso, com uma stablecoin descentralizada, as pessoas podem ver tudo na blockchain. Qualquer um pode fazer uma auditoria em tempo real”, conta Nadia Alvarez, representante de desenvolvimento de negócios da Maker Foundation na América Latina. 

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