Gestora de investimentos lança criptoativo baseado em fundo de startups para fomentar ecossistema no Brasil

Gestora de investimentos de risco Fuse Capital vai tokenizar fundo de investimentos de startups para fomentar ecossistema no Brasil.

A gestora brasileira de investimentos em capital de risco Fuse Capital vai lançar um criptoativo dedicado aos investimentos de pessoas físicas em aceleração de startups no país.

O novo security token, também batizado de Fuse Capital, vai ser baseado em cotas de um fundo da gestora que investe recursos em startups com potencial de crescimento. A intenção do novo criptoativo é atrair investidores ao mercado de capital de risco e estimular o ecossistema brasileiro de empresas inovadores, destaca o Valor Investe.

Entre as startups que o fundo de startups da Fuse Capital contempla estão nomes importantes como a Hashdex, responsável pelo primeiro ETF de criptoativos da Bolsa de Valores do Brasil. A empresa recebeu aporte de R$ 135 milhões de gestoras como Softbank, Coinbase Ventures e a própria Fuse.

Outras startups contempladas pelo fundo são a healthtech W.Dental, a plataforma de comunicação para pequenas e médias empresas PinkApp e as startups de inteligência artificial AIO e Fligoo.

Os tokens Fuse Capital serão emitidos na blockchain Algorand, com estrutura jurídica nas Ilhas Cayman. A custódia será da empresa norte-americana Securitize, que é regulada pela SEC dos EUA.

Inciialmente, a oferta dos tokens será de R$ 20 milhões – restrita a investidores profissionais e estrangeiros em um primeiro momento. A gestora planeja listar o criptoativo em mercados secundários na Ásia e na Europa, em especial na China e no Reino Unido.

Com sete empresas investidas na primeira fase do projeto, a Fuse planeja juntar em torno de 20 empresas de inovação para os investimentos no token. A intenção é reunir inicialmente 20 investidores, para depois atrair “family offices” e investidores institucionais, que formam a base de clientes da Fuse.

João Zecchin, sócio da Fuse, diz no texto que a oferta do security token no Brasil ainda enfrenta desafios regulatórios junto à Comissão de Valores Mobiliários, que restringe a tokenização de cotas de fundos de capital de risco:

“No Brasil, tem um entrave regulatório a esse tipo de security token. Queremos conformidade; quando for regulamentado, adoraríamos listar aqui e dar acesso a brasileiros”

Ele diz que a intenção da iniciativa é permitir maior liquidez aos investidores:

“Um limitador que sempre identificamos nos fundos de venture capital é o fato de serem fechados, com prazo determinado e longo. O investidor tem uma liquidez muito distante, fica preso por dez anos. Isso incomoda muitas pessoas e é um limitador de capital. A solução que encontramos foi emitir tokens lastreados às cotas do fundo, que poderão ser negociados em mercados globais”

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