Investimento em criptoativo ‘alternativo ao inverno cripto’ supera em 194% o CDI
Fundo aprovado pela CVM está no guarda-chuva de criptoativos de menor risco e já acumula ganhos de 18,52% em 15 meses.
No rol da popularização das criptomoedas nos últimos anos, um ingrediente parece ser o combustível para o crescimento das exchanges, cuja expansão faz inveja às maiores bolsas de valores globais. Possivelmente esta mola propulsora está relacionada à ansiedade, ao imediatismo proporcionado pelos aplicativos que, em segundos, mostram os investimentos se multiplicando, ou se dividindo.
No boom do crescimento do setor entre 2020 e 2021, período que coincidiu com a pandemia e o isolamento social, o mercado de criptomoedas potencializou o dinheiro “fácil” injetado nas economias mundiais com as taxas de juros baixas. Mas a conta chegou e, diante do inverno cripto, a euforia precisa dar lugar à paciência, à diversificação dos investimentos. O que pode incluir a alocação de recursos nos ETFs (Exchange-Traded Funds) de criptomoedas, na avaliação de especialistas.
Por outro lado, ainda que os ETFs com exposição em criptomoedas tenham risco menor, isso não quer dizer que os investidores não precisem ser criteriosos. Pelo contrário, conhecer o projeto, comparar a harmonia entre objetivos do produto e expectativa de rentabilidade é essencial antes de se alocar recursos.
À coluna E-investidor, do jornal O Estado de São Paulo, o Head Researcher da Titanium Asset (VÓRTX DTVM), Ayron Ferreira, defendeu o investimento em ETFs dizendo que:
“As decisões são delegadas a um gestor profissional, que junto a uma equipe realiza as análises, a montagem do portfólio em busca de rentabilidade e o gerenciamento dos riscos. O investidor não precisa se preocupar em analisar tão profundamente o mercado, decidir quais ativos comprar e como custodiar.”
A gestora é responsável pelo Titanium Cripto Structure FIM IE, um fundo que oferece aos investidores exposição ao mercado de criptomoedas, que foi aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Na tarde desta quinta-feira (7), o gráfico do Titanium Cripto Structure, cujo investimento mínimo é R$ 10 mil, acumulava ganhos de 18,52% desde o início do fundo, há 15 meses. De lá pra cá o desempenho do ETF foi 194,19% superior ao do CDI (Certificados de Depósito Interbancário) e 152,04% superior ao do benchmark (padrão de referência adotado pelo mercado).
Segundo a gestora, o Titanium Structure é classificado como fundo de investimento no exterior e direcionado a investidores qualificados. Já a estratégia para a manutenção da alta do criptoativo seria a dissociação em relação aos acontecimentos do mercado de criptomoedas e a existência de algoritmos programados para capturar pequenas variações de preços dos contratos futuros.
Apesar de parecer mais arriscado, o ETF Short Bitcoin Strategy da ProShares (BITI), o primeiro fundo negociado em bolsa (ETF) a ser um “short” (venda a descoberto) de BTC, lançado no final de junho nos Estados Unidos, já valorizou 300%, conforme noticiou o Cointelegraph.
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