Mega investigação internacional sobre Pirâmides de Bitcoin chega ao Brasil e exchanges recebem intimações
Exchanges de Bitcoin e criptomoedas do Brasil são notificadas pela Interpol sobre possíveis recursos de golpistas nas empresas
Uma mega investigação internacional envolvendo pirâmides financeiras de Bitcoin “chegou” ao Brasil.
Desta forma empresas de criptomoedas que operam no país estão sendo notificadas para prestar esclarecimentos sobre supostos fundos ligados ao investigados.
Assim, segundo documentos obtidos pelo Cointelegraph, diversas pessoas estão sendo investigadas e acusadas de aplicar golpes financeiros na Europa.
No entanto, segundo as investigações, estas pessoas estariam usando empresas de bitcoin e criptomoedas que operam no Brasil para ‘esconder’ os recursos e converter parte das criptomoedas em reais em uma operação de lavagem de dinheiro.
Alguns dos acusados inclusive são brasileiros e estariam ligadas a uma espécie de “rede internacional” de golpes financeiros que envolveria, pelo menos, 6 empresas diferentes atuando na europa
Interpol
Um dos documentos que o Cointelegraph teve acesso detalha um pedido de congelamento de contas feito pela Interpol.
Nele a Organização Internacional detalha o nome de 4 brasileiros que estariam por trás da rede de golpes internacionais.
Desta forma, no documento que também contém endereços de criptomoedas e análises de empresas especializadas em rastrear endereços de criptoativos a Interpol pede o bloqueio das contas supostamente ligadas aos fraudadores.
Porém a organização não fornece mais detalhes sobre o bloqueio ou a investigação.
Contudo, informações colhidas com fontes ligadas ao caso, detalham que o processo em curso na Interpol pode envolver as empresas Arbstar, Prosperity Clube, Eaglebittrade, Ifreex, ZX Bit, B2C Trading, YouXwallet, FxTrading, Fx2Trading, My Hash, estas 3 últimas comandadas pelo brasileiro Philipe Han.
Bloqueios
Ainda segundo informações compartilhadas com o Cointelegraph em pelo menos uma das exchanges notificadas foi encontrado recursos que ainda não haviam sido retirados pelo golpistas.
No entanto, após os recursos serem bloqueados, pessoas da empresa passsaram a sofrer ameaças via perfis falsos nas redes sociais.
Aparentemente desconfiados de que haveria uma investigação em curso sobre as atividades um dos investigados teria ido até Dubai para fugir das autoridades internacionais.
No entanto não foi possível confirmar esta informação.
A investigação realizada pela interpol ainda estaria em curso e parte dos golpistas ainda estaria promovendo pirâmides na Europa.
O Cointelegraph tentou contato com a interpol para saber mais detalhes mas não obteve sucesso até o momento.
Interpol e Ministério Público
Recentemente o Ministério Publico Federal participou de uma série de encontros onlines, realizados pela Interpol, sobre crimes virtuais inclusive os praticados com Bitcoin.
A proposta é que os servidores federais que participem dos encontros possam aprimorar sua capacitação sobre o tema.
Os três primeiros encontros foram realizados pela Interpol e pelo Grupo Europeu de Treinamento e Educação em Crime Cibernético (Ecteg) de 21 a 24 de setembro.
LEIA MAIS
- ‘Temos que pensar fora da caixa’, afirma auditor da Receita Federal revelando 5 aplicações com blockchain da instituição
- Ministério Publico Federal participará de evento promovido pela Interpol sobre crimes com Bitcoin
- Depois de envolvimento com golpe de criptomoedas, Mike Tyson pode lutar novamente, desafiante é brasileiro
- Imprevisibilidade nos rankings de cripto na sequência de queda d0 mercado de ontem, enquanto o bitcoin permanece em torno de US $ 3.400
- Bitcoin: 4 grandes vantagens competitivas sobre as altcoins em 2020
- Japão é o próximo país a criar uma moeda digital?
- O ‘Google chinês’ Baidu lança plataforma de proteção de direitos de imagem baseada em Blockchain