Cresce interesse por Bitcoin no Brasil em meio a alta no preço e à crise causada pela Covid-19, aponta pesquisa
Pesquisa aponta que coronavírus impulsionou interesse por Bitcoin no Basil e na América Latina
À medida que a pandemia de coronavírus não mostra sinais de desaceleração na América Latina, um novo relatório concluiu que a crise pode representar um grande impulso para o investimento em criptomoedas na região.
O relatório, encomendado pela Sherlock Communications, destaca os principais aspectos do ecossistema blockchain em 21 países latino-americanos, incluindo uma pesquisa exclusiva da Toluna com mais de 2.200 pessoas na Argentina, Brasil, Colômbia e México para entender suas atitudes em relação ao Bitcoin e as criptomoedas.
Quando questionados se estariam interessados em investimentos em criptomoedas como resultado da crise econômica provocada pelo COVID-19, entre 31% e 39% dos entrevistados nos quatro países pesquisados responderam que estariam “muito mais interessados”.
Entre 35% e 51% dos entrevistados disseram que estariam “um pouco mais interessados”. O motivo mais comumente citado para o investimento era “para proteger meus ativos da inflação e da estabilidade econômica”.
A incerteza e a falta de confiança parecem ser os principais obstáculos para o investimento em criptomoedas na região. A maioria dos entrevistados nos países em que a pesquisa foi feita disse que não usa criptomoeda atualmente porque “não sabem o suficiente sobre isso”.
Quando questionados sobre o que lhes daria confiança para investir em criptomoeda, as respostas mais comuns foram “ter plataformas mais confiáveis para negociar” e “ler e entender mais sobre isso”.
Bitcoin
Os latino-americanos estão esperançosos com o futuro das criptomoedas na região, mas afirmam que ainda há muito a ser feito em comparação com outras regiões do mundo.
Quando questionados sobre como veem o estado das criptomoedas em seus respectivos países, a maioria respondeu que “estamos muito atrás em comparação com outros países” (particularmente na Argentina, com 50% dos entrevistados escolhendo esta resposta).
A segunda resposta mais comum foi “estamos avançando” (principalmente no Brasil e na Colômbia, com 28%). A maioria dos entrevistados (43% – 51%) concorda que as criptomoedas acabarão por tornar mais fácil trocar dinheiro internacionalmente, com alguns (32% – 46%) sugerindo que a tecnologia substituirá as moedas locais no futuro.
“Esses resultados são encorajadores para criptomoedas e aplicativos baseados em blockchain que buscam lançar na América Latina, e para latino-americanos que estão sentindo os efeitos da atual crise econômica. Falta de confiança nos governos, instabilidade econômica, inflação, desejo de transparência. Milhões de pessoas sem banco ou economicamente carentes. Nomeie o problema que o blockchain está tentando resolver: nós o temos aqui. Esses são problemas reais para os latino-americanos. É por isso que estamos tão abertos a novas possibilidades. Mas a educação é a chave para promover a adoção ”, disse Luiz Hadad, Líder de Construção da Comunidade da Cambiatus e um dos principais consultores de blockchain na América Latina.
Outros pontos importantes do estudo
“Com o tipo certo de campanha de comunicação, educando, informando e respondendo às complexidades e riscos aos envolvidos, o céu é o limite para a adoção de projetos de blockchain e investimento em criptomoedas na região”, acrescenta Patrick O ‘Neill, sócio-gerente da Sherlock Communications.
Os entrevistados na Colômbia demonstraram o maior interesse em investimento em criptomoeda (51% “um pouco mais interessado” e 31% “muito mais interessado”), enquanto os entrevistados na Argentina demonstraram o menor nível de interesse (35% “um pouco mais interessado” e 36% “muito mais interessado ”) entre os quatro países pesquisados.
Mais argentinos afirmaram que não investiriam em criptomoeda do que os entrevistados de qualquer outro país (12%). Em contraste, o número na Colômbia foi de 7%.
Bitcoin revelou-se, de longe, a criptomoeda mais conhecida na região, com 86% – 92% de reconhecimento. Ethereum foi o segundo nome mais citado, com reconhecimento de apenas 26% a 29% dependendo do país.
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