Interesse pelo Bitcoin volta a patamares de 2017
Há quem acredite que o ano de 2019 pode mostrar o segundo melhor semestre de preços do Bitcoin. Se considerar as buscas pelo Baidu, maior buscador chinês, o cenário está bem próximo.
Certamente está na memória de quem acompanhou a valorização do Bitcoin em 2017 o cenário. Isso porque, entre janeiro e dezembro, o Bitcoin passou por uma extrema valorização, chegando ao valor de U$ 20 mil.
O interesse pelo Bitcoin tem voltado a crescer na China, mostra dados do Baidu
Quem mora na China e se interessa pelas criptomoedas certamente não tem uma vida fácil. Por lá, a mineração de Bitcoin e o trade de criptomoedas são exemplos de práticas proibidas pelo governo.
Essas proibições começaram ainda em 2017, quando o governo chinês chegou a banir várias corretoras de criptomoedas. Entretanto, a tecnologia blockchain é bem vista na China.
Mesmo com a perseguição do governo chinês sobre as criptomoedas, a população foi a web pesquisar o tema. O Baidu é uma das principais ferramentas utilizadas por lá, visto que o Google é bastante limitado.
Certamente, analisando os dados históricos, o ano de 2017 também marcou o auge das pesquisas sobre Bitcoin no país. Entretanto, segundo um analista, o interesse tem voltado a patamares próximos em 2019.
Últimos seis meses tiveram intensa atividade de buscas
De acordo com Louis Aboud-Hogben, o interesse pelo Bitcoin no Baidu tem tido um destaque. Isso porque, as buscas realizadas nos últimos meses se aproximam do período de 2017, um marco na história.
Além disso, nos últimos dias a atividade tem sido superior a três vezes a média apurada no período. Isso mostra que a população chinesa que utiliza o Baidu tem procurado informações sobre o BTC.
O nível de atividade apurado está na faixa de 40 mil, sendo que em 2017 foi de cerca de 60 mil. Certamente o governo não tem dado muito ibope para o Bitcoin, conforme apontou a thread de Louis no Twitter.
Dados demográficos também foram analisados.
Outro ponto de vista abordado foram os dados demográficos, que tiveram alguns pontos interessantes. Certamente um que chama atenção é que mais homens possuem o interesse no Bitcoin em relação às mulheres.
No fator idade, a maior concentração foi na faixa entre 30 e 39 anos. Além disso, chama atenção que há mais interesse das pessoas entre 40-49 anos do que entre 20-29. Isso mostra que a população mais jovem chinesa pode não ter despertado para o Bitcoin.
Em relação à região geográfica, o destaque foi para Guangdong. Louis acreditou, ainda que sem afirmar, que pode ter relação com a proximidade com Hong Kong. Esta última é marcada por grandes movimentações de startups, e talvez justificaria o ponto.
Finalmente, o estudo do analista afirmou que há muito interesse pelos chineses no BTC, talvez até mais do que países ocidentais. Além disso, outro fator que pode estar contribuindo para o cenário é a tensão com os EUA.
A China é certamente uma grande potência, país que inclusive possui as maiores pools de mineração. Pelo visto, a população dribla o governo para ir ao encontro do Bitcoin.
Saiba mais em Interesse pelo Bitcoin volta a patamares de 2017