Intel registra tecnologia que reduz uso de eletricidade na mineração de Bitcoin

A Intel Corporation, empresa multinacional de tecnologia, recebeu aprovação de uma patente para a criação de uma solução que otimiza o uso de eletricidade na mineração de bitcoin.

Publicado pelo Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos (USPTO) na última terça-feira (27), o registro nº 10.142.098 confere à Intel a criação e comércio do ‘circuito otimizado SHA-256 de alto desempenho para mineração de Bitcoin com eficiência energética’.

A Intel alega que isso reduzirá a quantidade de eletricidade necessária para minerar blocos de Bitcoin.

A nova solução é um tanto complicada. Embora nem todos possam entender como ela vai funcionar na prática, alguns trechos da descrição podem ajudar no entendimento de como ela deve aplicá-la.

“Refere-se a aceleradores de hardware e, mais especificamente, a um sistema de processamento incluindo acelerador de hardware implementando hash SHA-256 utilizando caminhos de dados otimizados”.

Ou:

“ASICs são usados ​​para implementar múltiplos mecanismos SHA-256 que proporcionam milhares de hashes por segundo consumindo potência superior a 200 Watts. Uma conexão física entre componentes eletrônicos desses parâmetros elimina a necessidade de ciclos recursivos de cálculos e reduz a área total do circuito e o consumo de energia em cerca de 15%”.

Intel na mineração?

Os pesquisadores da Intel parecem ter determinado que não há otimizações que possam ser feitas no “estágio 0” dos cálculos do SHA-256, mas que os outros dois estágios, como eles os chamam, têm ampla oportunidade de serem otimizados.

A solução, segundo a empresa, não é específica para sistemas que usam chips Intel e pode ser implementada em muitos tipos de sistemas diferentes.

Não está claro se a Intel pretende ir atrás de empresas que têm projetos semelhantes ou se está apenas procurando proteger futuros desenvolvimentos deste tipo.

Outra sugestão, segundo a reportagem, é que ‘fica no ar’ se a Intel deseja fazer parte do setor de mineração em um futuro próximo.

É possível, diz o site, que ela queira uma ‘fatia do bolo’, considerando que a empresa tem sido grande participante no processamento de computadores por décadas.

Se eles realmente desenvolverem um hardware que consome menos energia que aqueles desenvolvidos por empresas como a Bitmain, por exemplo, parece haver uma grande chance de eles entrarem no setor de mineração.

Isso porque, como já é sabido, o maior problema na mineração de bitcoin é o custo de energia elétrica, uma barreira primária que esbarra na maioria dos projetos de investimentos no setor.


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