Bitcoin e fundos imobiliários de logística ganham espaço nas carteiras de investimento
Fundos de logística vem ganhando espaço entre investidores com a incerteza sobre o coronavírus no Brasil
Fundos de logística tem atraído a atenção dos investidores, assim como investimentos em Bitcoin e criptomoedas.
Segundo dados da Vero Investimentos, os FIIs que investem em ativos de logística estão atraindo mais investimentos, enquanto os fundos de shoppings e lajes corporativas perdem espaço.
Coronavírus
Desta forma o sócio da Vero Investimentos, Eduardo Akira, esta transição de investimentos se deve às incertezas que existem nos mercados de shoppings e de lajes corporativas.
Os shoppings estão sofrendo pelo fechamento das operações e pela expectativa de vendas mais baixas depois da reabertura.
Assim o setor sofre com o adiamento dos pagamentos de aluguéis, o que levou vários fundos a adiarem a distribuição de proventos aos cotistas.
Já os FII de lajes corporativas enfrentam incertezas sobre qual será a demanda por escritórios depois da experiência das empresas com home office durante a crise do coronavírus.
Porém, em contrapartida, os fundos imobiliários de logística oferecem melhores perspectivas aos investidores.
“Este segmento tem mostrado uma resiliência maior neste momento, e por isso ele deve ganhar maior peso nas carteiras”, explica Akira.
Desvalorização
Porém, segundo a Vero, apesar da recente desvalorização, os FII continuam sendo um bom investimento por pagar mensalmente uma renda ao investidor e também pela isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas.
Ao ser comparado com o Ibovespa, o Índice de Fundos Imobiliários de Investimentos (IFIX) tem um melhor desempenho neste ano.
Enquanto o Ibovespa recua 17% no acumulado de 2020, o IFIX cai 13% no mesmo período.
Bitcoin
Já no caso de investimentos em Bitcoin no Brasil o resultado também é positivo.
Recentemente o fundo de criptomoedas Hashdex Criptoativos Explorer FIC FIM, da gestora brasileira Hashdex, completou seis meses no mercado com desemprenho positivo.
Segundo informações sobre o fundo o Explorer, que tem 40% de explosição a criptoativos, cresceu 24,15% desde o seu lançamento em dezembro de 2019.
O Explorer possui 40% de exposição aos ativos do Hashdex Digital Assets Index (HDAI), índice criado pela gestora como uma referência ao mercado de cripto e distribuído pela bolsa americana Nasdaq.
“Essa é a primeira vez que a empresa divulga a performance do fundo, obedecendo as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CMV), que só permite a veiculação deste tipo de informação após seis meses do início da distribuição do produto”, destacou a empresa.
“Medo” faz investidores brasileiros perderem dinheiro
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) destacou em seu Boletim de Risco que o avanço do coronavírus no Brasil tornou os investidores brasileiros que atuam no mercado tradicional mais ‘conservadores’ e ‘medrosos’.
Segundo a autarquia o Mapa de Riscos verificou alta em todos os indicadores de risco, em linha com a queda do indicador de apetite pelo risco.
Porém este atitude fez com que os investidores perdessem a oportunidade de diversificar seu portfólio com ativos não correlacionados (como Bitcoin e criptomoedas), entre outros.
Assim, a estratégia de gestão de risco dos investidores nacionais foi ineficiente, possivelmente, aumentando o prejuízo dos investidores.
“O comportamento observado nos mercados indica que enfrentamos uma crise maior do que a crise financeira de 2008, especialmente por conta da generalização de seus efeitos sobre os diversos mercados.
Uma análise dos principais índices financeiros (renda fixa e variável) apontou que, no período sob análise, a diversificação de carteira como um instrumento de gestão de riscos perdeu eficiência” – Bruno Luna, Chefe da Assessoria de Análise Econômica e Gestão de Riscos (ASA) da CVM.
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