Indústria do petróleo sofre perda bilionária com COVID-19

A pandemia provocada pelo novo coronavírus está afetando em cheio a indústria petrolífera.

Isso acontece porque, com o desaquecimento das economias ao redor do mundo, a demanda por petróleo e derivados diminuiu consideravelmente.

Dessa maneira, as empresas estão tendo que reavaliar o preço dos seus ativos, o que está gerando perdas bilionárias no setor.

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Indústria do petróleo perde bilhões com COVID-19

A pandemia do COVID-19 está influenciando de maneira profunda a indústria do petróleo.

Naturalmente, esse é um setor que depende diretamente da volta das atividades para funcionar. Por isso, as empresas petrolíferas estão sendo obrigadas a reavaliar o preço dos seus ativos. Assim, os números colocados nos livros contábeis antes da crise não correspondem à realidade.

A British Petroleum (BP PLC), 5ª maior companhia petrolífera do mundo, está sendo obrigada a reprecificar os seus ativos em U$ 17,5 bilhões, o que corresponde a mais de R$ 90 bilhões.

Além disso, o presidente da companhia, Bernard Looney, afirmou que a empresa focará em aumentar a participação da energia renovável no seu portfólio. 15% dos trabalhadores da BP serão demitidos, em virtude da crise provocada pelo COVID-19.

Projeção para o Petróleo para 2050 diminui

A pandemia pode ser a culpada pela redução da demanda pelo petróleo e os seus derivados em 2020.

Contudo, as previsões sobre a utilização dos combustíveis fósseis nas décadas seguintes também está sendo revista.

Dessa maneira, a BP revisou a sua cotação para o barril de petróleo Brent para 2050: segundo a companhia, o barril valerá U$ 55,00, ante uma previsão anterior de U$ 70. Vale ressaltar que é difícil prever um futuro no qual as energias renováveis não tomem conta do cenário mundial.

Atualmente, o barril de petróleo Brent está cotado a U$ 39,34.

Preço já ficou negativo

A Indústria do petróleo perde bilhões, mas o movimento já acontece há alguns meses.

Durante a crise do COVID-19, o preço do petróleo WTI (norte-americano) chegou a ficar negativo em 20 de abril.

Isso aconteceu com os contratos futuros de petróleo WTI com vencimento em maio. A razão, na época, foi o fato de que o centro de distribuição e armazenagem de Cushing (OK) chegou perto da sua capacidade máxima de armazenamento.

Assim, os investidores não teriam onde armazenar os barris de petróleo, caso houvesse um problema logístico.

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