Indeal: Polícia Federal prende mais uma pessoa supostamente ligada a piramide financeira
Polícia Federal cumpre mais três mandados ligados a Operação Egypto que desarticulou a Indeal, suposta pirâmide financeira baseada em Bitcoin e criptomoedas
A Polícia Federal prendeu esta semana mais uma pessoa que estaria ligada a suposta pirâmide financeira Indeal que, a partir do Rio Grande do Sul, teria lesado milhares de pessoas em todo o Brasil.
A prisão ocorreu como um desdobramento da segunda fase da operação Egypto, que em maio deste ano, desarticulou o suposto golpe, prendeu os supostos organizadores do esquema, além de realizar a apreensão de Bitcoin, criptomoedas, imóveis, veículos, pedras preciosas e demais bens vinculados à empresa e a seus operadores.
Nesta nova fase, uma pessoa foi presa em Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre e outros três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Porto Alegre e Cachoeirinha e nos locais foram apreendidos telefones celulares e documentos.
O homem preso, não teve sua identidade revelada pela PF mas ele estaria ligado a sócios da empresa e teria buscado obter, junto às autoridades, informações antecipadas sobre medidas contra a Indeal e teria atuado para atrapalhar as investigações. Além disso ele teria recebido grandes quantidades de dinheiro por meio de transferências em nome de terceiros.
A Operação Egypto começou em janeiro de 2019 com um inquérito policial instaurado pela PF que identificou que a Indeal atuava oferecendo investimentos em Bitcoin e criptomoedas sem autorização da Comissão de Valores Mobiliários do Brasil, CVM. Além disso a empresa levantava suspeitas de fraude por prometer retornos financeiros de até 15% ao mês.
De acordo com a Polícia Federal, a empresa, com sede em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, tinha 55 mil clientes em 26 estados do Brasil. Cerca de 80% deles teriam investido até R$ 20 mil. O grupo prometia retorno de 15%, ao menos, no primeiro mês de aplicação. A empresa não usava o dinheiro para a compra de criptomoedas, mas, sim, para investimentos convencionais, como de renda fixa, que rendiam menos de 1%.
Além disso, destinaram significativa parte dos valores, direta ou indiretamente, aos sócios, seus familiares e colaboradores da empresa, que apresentaram aumento patrimonial de 114.000%, em alguns casos, entre os anos de 2017 e 2019. Ainda segundo o MPF, os denunciados operaram em, pelo menos, oito estados e alcançaram também outros países, como a Suíça e os Estados Unidos.
Por conta da investigação e as informações levantadas pela PF, o PF, apresentou denúncia contra 15 pessoas da Indeal. Todos eles devem responder por crimes como organização criminosa, evasão de divisas, gestão fraudulenta de instituição financeira e sem autorização legal, por conta das operações da Indeal, uma suposta pirâmide financeira que usava Bitcoin e criptomoedas como pano de fundo para aplicação de golpes.
O MPF, alega que os sócios captaram mais de R$ 1 bilhão de 38.157 pessoas físicas e jurídicas, sendo que a maior parte desse valor era de moeda nacional e pouco mais de R$ 41 milhões em bitcoins.
Como noticiou o Cointelegraph, Polícias Civis e um Coronel da Brigada Militar, estão sendo investigados pela Polícia Federal acusados de cometerem crimes ligados a Indeal. Eles teriam sido subornados para oferecer informações privilegiados sobre o caso.
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