InDeal: donos da empresa se calam em depoimento na Polícia Federal

Cinco sócios da InDeal foram levados do sistema prisional para serem ouvidos na Delegacia de Combate a Crimes Financeiros (Delecor) da Polícia Federal (PF) na quarta-feira (29), em Porto Alegre. Todos permaneceram em silêncio o tempo inteiro, segundo o Gaúcha ZH.

Eles foram presos durante a Operação Egypto no dia 21 deste mês por estarem envolvidos nos negócios da empresa que está sendo investigada pela Polícia Federal, com apoio da Receita Federal e Polícia Civil.

As autoridades acreditam que eles façam parte de um plano milionário de arrecadação da InDeal para posterior uso do dinheiro em benefício próprio. A prova disso, segundo a Polícia, é um déficit de R$ 300 milhões nos cofres da empresa.

Neste caso, eles vão responder por gestão fraudulenta, por não investirem em criptomoedas como prometido, e apropriação indébita financeira. Mas eles também são suspeitos de comprar bens com os valores investidos dos clientes, o que os leva a responder também por lavagem de dinheiro.

Outros crimes, como atuar sem autorização e atrapalhar as investigações, cometidos pela organização também fazem parte do processo. Além disso, a Polícia Federal também já estuda plano para restituir as vítimas.

De acordo com o site, os suspeitos eram Francisco Daniel Lima de Freitas, Marcos Antônio Fagundes, Tassia Fernanda da Paz, Ângelo Ventura da Silva  e Régis Lippert Fernandes. No entanto, eles nada falaram.

A reportagem do Gaúcha ZH disse que tentou contato com a defesa da InDeal, a advogada Veridiana Paiva, mas não obteve sucesso com a ligação.

Clientes fazem abaixo-assinado

Alguns clientes da InDeal estão fazendo um abaixo-assinado a favor da empresa, mesmo depois que a Polícia e a Receita Federal darem detalhes sobre a atuação ilícita da empresa após a Operação Egypt.

Registrada na plataforma Avaaz como ‘Manifestação pública de apoio a InDeal’, a campanha visa 7.500 votos de apoio. Na manhã desta quinta-feira, cerca de 6.200 pessoas já haviam assinado a petição.

O grupo de apoio diz que o intuito da petição é que a atual situação seja esclarecida o mais rápido possível para que a empresa possa continuar atuando no mercado.

Operação Indeal

A Operação Egypto foi idealizada a partir de um e-mail direcionado à PF, onde a pessoa questionava a legalidade da companhia.

Após investigações, descobriu-se, então, que a suposta empresa de criptomoeda arrecadou R$ 700 milhões entre agosto de 2018 e fevereiro de 2019.

No entanto, esse valor pode chegar a R$ 1 bilhão, segundo um auditor fiscal de Receita Federal que falou após a ação.

Participaram da operação 130 policiais federais, 20 servidores da Receita Federal do Brasil e seis policiais civis que cumpriram mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em várias cidades do país.

Além dos mandados, foram expedidas ordens judiciais de bloqueio de ativos financeiros em nome de pessoas físicas e jurídicas, de dezenas de imóveis e a apreensão de veículos de luxo.

Promessa da Indeal

O inquérito policial foi instaurado em janeiro de 2019 para apurar a atuação da empresa. Ela estaria captando recursos de terceiros sem a autorização dos órgãos competentes.

A empresa dizia que aplicava o dinheiro em criptomoedas e oferecia um retorno garantido de 15%, ao menos, no primeiro mês de aplicação.


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