‘Na teoria, Real digital eliminaria até os bancos’, diz especialista financeira sobre a moeda digital brasileira

Desenvolvimento da moeda digital brasileira avança e especialistas debatem o impacto da digitalização para a economia e o sistema financeiro nacional.

O Banco Central do Brasil segue planejando a adoção de uma versão digital para a moeda nacional do país, o Real, lançado em 1993.

Enquanto a moeda brasileira não se torna digital, especialistas tentam mensurar o impacto da digitalização na economia nacional, com alguns deles acreditando em grande impacto para os bancos, como a diretora-executiva da empresa bretã de serviços financeiros Capco, Letícia Murakawa, declarou à Istoé Dinheiro:

“Na teoria, a moeda digital eliminaria até os bancos, porque permitirá que os pagamentos ocorram diretamente entre as pessoas”

Ela também diz que a principal vantagem da digitalização é a segurança, que vai criptografar a moeda e gerar um custo de emissão e manutenção muito menor do que o papel.

Já a desvantagem seria o controle das autoridades monetárias sobre os cidadãos, especialmente em governos de perfil autoritário, como é o caso do atual mandatário brasileiro:

“Não é muito diferente do que já ocorre hoje com as transações eletrônicas como DOC, TED, PIX, cartões de débito e crédito. O que determina se uma moeda é forte é se ela tem adesão ou não. O grau de ceitação ou rejeição de uma moeda trará a estabilidade para o dinheiro.”

A corrida por uma CBDC brasileira (sigla para Central Bank Digital Currency) é confirmada pelo próprio Banco Central, que já criou um grupo de trabalho para estudar a transformação digital do real. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse em abril que a moeda digital pode até não ser emitida exclusivamente pela entidade financeira.

O caso mais avançado de CBDC no mundo é o da China, que já faz testes reais de sua moeda digital em diversas províncias do gigante asiático.

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